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Blog do Juca Kfouri

Bugre vira e impõe primeira derrota ao Timão

Juca Kfouri

23/01/2019 21h05

Em seu primeiro jogo desde 2013 na Série A do Paulistinha, o Guarani não teve a recepção que era de se esperar de sua torcida.

O Brinco de Ouro da Princesa estava vazio, com 7725 torcedores num estádio em que cabem 29 mil.

E olhe que do outro lado estava o bicampeão estadual, o Corinthians.

Mas, como se sabe, o interior "adora" o campeonato.

Sem pressão alguma, logo aos 8 minutos, Sornoza bateu escanteio pela esquerda, e Gustagol abriu o placar, de cabeça, é claro.

Foi praticamente tudo que o Corinthians fez no primeiro tempo, porque depois do gol passou a assistir o Bugre jogar, mas incapaz de criar boas oportunidades até que, aos 37, em cobrança de falta pela direita, bola na área, Fagner dormiu e Diego Cardoso empatou, também de cabeça.

Cinco minutos depois, de fora da área, o meia Rondinely acertou belo chute e virou para o time esmeraldino.

O Alvinegro recebia o castigo merecido por ter parado de jogar.

Teria de remar muito no segundo tempo.

E remou.

Apertou, apertou, mas o Guarani não entregou e passou a ameaçar nos contra-ataques.

Daí, aos 11', Carille chamou Pedrinho para jogar no lugar de André Luiz, ex-pontepretano, marcado pela torcida bugrina.

O Alvinegro seguiu martelando, reclamou, muito, de um possível pênalti e pôs Mosquito no lugar de Richard, aos 20'.

Ramiro como segundo volante parece um desperdício diante da pouca criação do meio de campo paulistano.

Aos 27', em cruzamento de Sornoza, agora pela direita, Pedrinho cabeceou na trave campineira.

No minuto seguinte, Cássio evitou o terceiro gol interiorano.

O segundo tempo era bem melhor que o primeiro.

Com chutes de fora da área o Guarani obrigava Cássio a fazer defesas seguidas.

Aos 34', saiu Sornoza, entrou Mateus Vital.

O Corinthians buscava empatar, mas não achava o caminho.

Era um tal de levantar bola na área em busca de Gustagol que lembrava o velho futebol inglês.

A dupla de zaga anfitriã, atenta, se esbaldava.

E o aluno Loss ganhou do professor Carille, com méritos.

É de se perguntar quanto tempo vão insistir com Danilo Avelar.

O campeão da Série A-2 de 2018 ganhou do bicampeão da Série A-1 2017/18.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/