Verdão enfrenta furacão e agradece ao Fogão
Como um castigo da natureza pela mudança de mando em Londrina, uma tempestade acompanhada por fortíssima ventania atrapalhou o quase campeão Palmeiras e o rebaixado Paraná Clube, foi para o intervalo vencendo por 1 a 0, gol de Keslley, em falha de António Carlos ao não impedir o cruzamento rasteiro de esquerda.
De carrinho aquático o menino Keslley, menino da Vila Capanema, fez o gol e quase dobrou a façanha no começo do segundo tempo, não fosse a intervenção salvadora do mesmo Antônio Carlos.
O Palmeiras voltou com Willian no lugar de Lucas Lima no Estádio do Café lotado pela torcida verde preocupada com a possível amarelada de seu time, prestes a ser campeão até porque, no Rio, com gol de Erik, emprestado pelo Verdão ao Botafogo, o Inter também perdia por 1 a 0.
Aquela coisa de ultrapassar limites que é sempre complicada.
O Palmeiras poderia chegar aos 20 jogos sem perder, recorde no Brasileirão por pontos corridos.
Já com o vento a favor, aos 7 minutos, Scarpa bateu pênalti para que tudo voltasse ao normal, depois que um defensor paranista meteu a mão na bola em chute de Willian.
Segundos antes Dudu havia sido derrubado na área sem que o assoprador de apito assinalasse o penal.
O quase furacão que assolara o primeiro tempo foi embora, a bronca de Felipão no vestiário fez efeito e estava preparada a primeira virada alviverde depois que o técnico reassumiu o comando alviverde.
Aos 16', Bruno Henrique substituiu Scarpa, logo depois de Edu Dracena falhar e o Paraná quase marcar.
O jogo era muito mais disputado, e animado, do que se poderia imaginar.
A meninada do mandante sem torcida parecia estimulada pela torcida adversária.
Quem ventava era Dudu em busca da virada e Borja entrou no lugar de Deyverson, aos 22'.
No Nilton Santos, seis minutos atrás do jogo em Londrina, o Inter ia completando quase três meses sem vencer fora de casa, sete jogos, o suficiente para arruinar qualquer plano de ser campeão.
Já o Flamengo, com Willian Arão, abria o placar na Ilha do Retiro, contra o Sport, e assumia a vice-liderança, a cinco pontos do líder, placar final.
O Palmeiras aumentava para seis pontos a vantagem sobre o Colorado, mas ainda não poderia comemorar o título na quarta-feira, em casa, contra o América.
Será em São Januário, no domingo?
Curiosamente, foi lá que, em 2015, o rival Corinthians comemorou seu hexacampeonato brasileiro.
Mas pode ser ainda em casa, caso ganhe do América e o Flamengo não vença o Grêmio, no Rio, nem o Inter ganhe do Galo, em Porto Alegre.
Diante de 25.076 pagantes, o Palmeiras criava chances e mais chances para dar a virada, mas faltava um pouco de sorte, além de sobrar ansiedade.
Como a expectativa da festa muitas vezes é melhor que a festa, só resta esperar por ela.
O jogo do Inter ainda segue por mais oito minutos…
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