Um general também para o Esporte
Dando sequência ao governo mais militarizado da história do Brasil, capaz de superar o período ditatorial pós-golpe de 64, eis que o general general Marco Aurélio Costa Vieira, ex-comandante de operações dos Jogos Olímpicos do Rio, foi escolhido para a Secretaria de Esportes.
Vieira foi subordinado de Carlos Nuzman, recentemente preso por 15 dias na Polícia Federal e hoje proibido de sair do país.
O militar é citado em reportagem da revista "Época" como "peça central", ao lado do agora vice-presidente da República, Antônio Hamilton Mourão, num esquema fraudado para compra, pelo Exército, de um tal Simulador de Apoio de Fogo.
Desnecessário falar sobre o "legado" da Olimpíada de 2016.
De tudo que tem saído na imprensa sobre as escolhas do presidente eleito o que mais chama atenção é a preocupação com o passado nada ilibado de muitas das escolhas, a começar por um deputado que confessou ter recebido de caixa 2, mas "desculpado" pelo futuro ministro da Justiça, porque admitiu o crime eleitoral.
Como se alguém pudesse se surpreender ou tivesse mesmo acreditado no discurso moralizador de outro alguém que recebe auxílio-moradia, apesar de ter apartamento em Brasília, e pagava com verba de seu gabinete uma funcionária para tomar conta de sua casa de praia, além de ter patrimônio incompatível com o salário de deputado há quase 30 anos.
O me engana que eu gosto segue fazendo sucesso no Patropi.
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