Seleção engasga com Camarões
Era para esquecer o primeiro tempo entre Brasil e Camarões, não fosse o fato de Neymar ter se machucado logo de cara e substituído por Richarlison, a única coisa boa dos 45 minutos iniciais, autor do gol solitário no finzinho: 1 a 0.
O time africano é fragílimo apesar de forte e o brasileiro é poderoso, apesar de medíocre.
Para o segundo tempo, Gabriel Jesus substituiu Roberto Firmino, desaparecido porque a bola nunca chega ao centroavante da Seleção Brasileira.
Jesus logo se aproveitou de uma lambança do goleiro reserva camaronês e mandou a bola na trave no contra-ataque de um gol incrivelmente perdido pelos africanos.
O jogo seguia abaixo da crítica, quinta vitória brasileira em seis jogos contra Camarões, que venceu uma vez, por 1 a 0, em 2003, na Copa das Confederações.
Com o perdão do mau trocadilho, o time de Tite engasgava com Camarões, sem dendê, ou melhor, sem Dedé, no banco.
Porque se não fizer piada infame a situação fica insuportável diante de jogo tão lamentável.
Ôpa! Arthur acertou o travessão africano.
"Ah, mas o Brasil segue invicto depois da Copa e sem sofrer gols", dirá o Pachecão.
Verdade, mas, e daí?
Douglas Costa e Walace entraram nos lugares de Willian e Paulinho, que estiveram em campo, mas não jogaram bulhufas.
Jogava-se num estádio, a Arena MK, de um clube inglês da quarta divisão, para quase 30 mil frustrados torcedores.
Nada mais apropriado para o que se via…
A Seleção se despedia de uma temporada que criou tanta esperança e terminou em decepção na Rússia.
Por ironia, terminava o ano sem Neymar, machucado de verdade, ao contrário das simulações na Copa do Mundo de 2018 e igual à Copa de 2014.
Qual um leopardo, o segundo goleiro Ondoa evitou duas vezes seguidas o segundo gol brasileiro.
Boa noite!
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