O "Majestoso da Vergonha"!
O Majestoso sobrepujou o Superclássico adiado em Buenos Aires.
Sobrou o clássico entre Corinthians e São Paulo na tarde de futebol.
E sobrou, para variar, para o assoprador de apito e seus atrapalhadores.
A não validação de um gol de Danilo, com Jean defendendo a bola dentro do gol e, logo depois, um pênalti claro em Romero não assinalado foram um escândalo.
No fim de um primeiro tempo alvinegro na pressão e de um Tricolor tímido, Araos acabou corretamente expulso de campo ao receber o segundo cartão amarelo.
O que era para ser uma vitória corintiana terminava em empate sem gols e com a perspectiva de superioridade dos visitantes no segundo tempo, com um jogador a mais.
O Corinthians seguia como time mais prejudicado neste Brasileirão segundo a própria CBF que admite o prejuízo de seis pontos para o Alvinegro.
E pensar que a FIFA deixou nos estádios que receberam jogos da Copa do Mundo de 2014 o sistema de chips para dirimir dúvidas sobre o curso da bola na hora do gol.
O samambaia que fica atrás do gol e nada são a mesma coisa.
O São Paulo voltou com Éverton no lugar de Anderson Martins.
E o Corinthians com Thiaguinho no lugar de Danilo, o melhor em campo, mas evidentemente desgastado para atuar mais 45 minutos com um companheiro a menos.
Era hora de o São Paulo se impor e o Corinthians defender o empate.
A Fiel que jogou muito na etapa inicial teria de entrar em campo na final.
No bom sentido, é claro.
No nono Majestoso em Itaquera, o time do Morumbi tinha a faca e o queijo na mão para conquistar sua primeira vitória, depois de seis derrotas e dois empates e diminuir, na história do confronto, a desvantagem de 23 jogos.
Para continuar as lambanças, o assoprador de apito, já sabedor das bobagens que havia feito, deixou de dar até o cartão amarelo num lance em que Thiaguinho mereceu o vermelho ao fazer falta em Jucilei, aos 8 minutos.
Onze contra nove, já pensou?
Por incrível que pareça, com 16 minutos, o Corinthians era mais perigoso e Arboleda meteu a mão na bola dentro da área, sem que o novo pênalti fosse assinalado.
Uma festa!
Sem exagero, até ali, era o que pode ser chamado de o "Majestoso da Vergonha".
Nenê substituiu Jucilei aos 19'.
A falta de futebol do São Paulo assustava.
E aos 26, de fora da área, rasteiro, Ralf fez heroico 1 a 0, em jogada dos meninos Thiaguinho e Pedrinho.
O "Majestoso da Vergonha" seguia vergonhoso para a arbitragem, e para o São Paulo, e se transformava no "Majestoso do Orgulho Corintiano".
Por que vergonhoso também para o São Paulo?
Porque se não ganhasse hoje, iria ganhar quando em Itaquera?
Romero se machucou e Jair Ventura pôs Roger no lugar dele.
Eram 10, mas pareciam 12 leões feridos em campo.
Sim, a Fiel jogava também e muito, com 43.122 torcedores enlouquecidos.
Aos 34', por pouco Henrique e Léo Santos não ampliaram, na mesma bola!
E, aos 35', Brenner empatou, em jogada iniciada por Éverton e desviada por Nenê.
Definitivamente, era uma baita injustiça, no que voltava a ser o "Majestoso da Vergonha".
Pedrinho saiu e Clayson entrou.
Dadas as circunstâncias, o empate era melhor para os anfitriões, apesar da injustiça, ainda mais porque o América conseguia perder, em casa, para o rebaixado Paraná Clube, por 1 a 0, diante de 5.074 pagantes.
O São Paulo deve ceder a quarta posição para o Grêmio no G4 e teve sorte, muita sorte, não só pela arbitragem desastrosa como até pelo gol que achou.
A última chance de gol quem teve foi, novamente, o desgastado, e desmanchado, Corinthians.
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