Nova mão de tinta verde na taça do Brasileirão
Quando o jogo começou na casa verde nem parecia que o Palmeiras vinha de eliminação na Libertadores.
Ou que o Santos dependia apenas de um empate para tomar o sexto lugar do Galo.
Porque os anfitriões foram para cima e antes de abrir o marcador, com Dudu, aos 13 minutos, já havia criado duas boas chances de gol.
Na terceira, Dudu, pegou rebote de Vanderlei para fazer 1 a 0, depois de lançamento de Weverton para Jean, dele para Borja que finaliza para a defesa parcial.
O Palmeiras jogava e o Santos olhava.
Em vantagem, se retraiu.
O jogo ficou truncado, com faltas em cima de faltas, uma tempestade caiu sobre o estádio e o Peixe, que deveria se dar bem na água, não chutou nem sequer uma bola ao gol alviverde até que, aos 39', Edu Dracena fez 2 a 0 ao cabecear escanteio cobrado por Dudu.
Cuca voltava ao palco onde foi campeão brasileiro de 2016 para perder pela primeira vez para Felipão em sete jogos. Nos seis anteriores venceu cinco.
Quando o segundo tempo começou parecia não haver chuva que tirasse a nova mão de tinta verde da taça do Brasileirão prestes a ser conquistada pela sexta vez desde 1971.
Rubro-negros, sete pontos atrás, e colorados, oito, acompanhavam frustrados a firme atuação do líder, que mesmo cansado pelo jogo no meio da semana contra o Boca Juniors tinha mais fôlego que o descansado, e preguiçoso, Santos.
Bryan Ruiz e Copete entraram nos lugares de Alisson e Rodrygo.
Finalmente, aos 2', Sanchez fez Weverton trabalhar e por pouco Copete perdeu o rebote.
Mas o Palmeiras seguia melhor, muito mais ligado, disposto a não permitir que a maior das taças disputadas na temporada não lhe escapará.
Como nada é fácil na vida, Edu Dracena errou a tentativa de aliviar uma bola relativamente fácil e acabou entregando-a a Copete, que diminuiu, aos 9', para 2 a 1.
A torcida imediatamente apoiou o time, Dudu arrancou e foi derrubado por Victor Ferraz na entrada da meia lua, aos 13'.
Aos 15', finalmente, a falta foi cobrada e por pouco Bruno Henrique não fez o terceiro gol.
O jogo parecia controlado, mas Dracena errou de novo e Dodô empatou, aos 20'.
Cuca recuperava a sua invencibilidade diante de Felipão e o Santos enchia de esperanças tanto o Flamengo quanto o Inter.
Melhor que isso, depois de pegar o Santos preocupado com a degola, o colocava na zona da Libertadores.
Felipão, bravo, trocou Lucas Lima por Felipe Melo.
E sorriu ao ver, aos 26', Victor Luís bater falta na intermediária e Vanderlei aceitar depois que a bola, molhada, desviou num zagueiro, bateu no chão e o goleiro praticamente a mandou para a rede.
Tudo voltou à velha forma.
Imediatamente o Santos quase empatou, para lembrar os bons tempos em que o Clássico da Saudade era promessa de muitos gols.
Jean saiu e Guerra entrou no Verdão.
Em 13 jogos no segundo turno, o Palmeiras vencia pela décima vez, com três empates.
Bruno Henrique, o do Santos, entrou no lugar de Derlis González, aos 32'.
39 mil palmeirenses, demonstração de que a torcida não abandonou o time como aqueles poucos que saíram no intervalo do jogo com o Boca, viram Diego Pituca ser expulso ao fazer falta em Scarpa, aos 34'.
O maior cansaço alviverde era compensado pela vantagem de um jogador a mais.
Aos 42', para divertir a massa, Deyverson foi chamado para o lugar de Borja.
O jogo iria até o 50° minuto, tortura para o esforço palmeirense, ainda mais em gramado tão pesado.
Dudu, tão importante, recebeu o terceiro amarelo e não enfrentará o Galo, no Horto, na próxima rodada.
Foram 48 faltas.
Sabe quantas, mais cedo, entre Arsenal e Liverpool?
14!
Dito isso, o Flamengo e o Inter que se virem.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/