Bye, bye, Mengão!
O Flamengo entrou em campo no Nilton Santos como se fosse disputar um jogo entre casados e solteiros depois da feijoada do sábado.
E tomou 2 a 0 do Botafogo com os pés nas costas, com Erick, aos 18, e Léo Valência, dez minutos depois.
Não sofreu o terceiro gol por detalhe e também porque o Glorioso tirou um pouco o pé diante da facilidade que encontrava.
Dorival Júnior não titubeou e logo aos 35' tirou Cuellar e pôs Diego no jogo.
O colombiano tinha cartão amarelo e parecia desligado. O brasileiro entrou e logo de cara também recebeu cartão amarelo.
Nada indicava uma noite feliz dos rubro-negros.
Alguma coisa aconteceu no intervalo rubro-negro.
Talvez uma distribuição de choques.
Fato é que o Flamengo voltou em outra voltagem.
E Vitinho, objeto preferencial da torcida alvinegra durante todo o primeiro tempo, logo diminuiu ao cabecear livre no segundo poste e ainda mandou uma bola no travessão, aos 8', em cobrança de falta.
Era melhor parar de cutucá-lo.
A sorte botafoguense estava na defesa rival, que dava sopa para o azar a cada ataque que sofria.
E o jogo, nervoso, mas de baixo nível, era parado constantemente por faltas farta distribuição de cartões.
Amarelos, não de Natal.
Lucas Paquetá, por exemplo, deu sorte, porque fez por merecer o vermelho.
Aliás, se não bastasse estar perdendo o jogo, o Flamengo perdia também Renê, Paquetá e Arão para o próximo jogo, contra o Santos, no Maracanã.
Logo depois do susto da bola na trave, o Botafogo se reequilibrou e voltou a ser mais perigoso, embora contra um adversário mais ligado.
Pará foi trocado por Rodinei e Éverton Ribeiro por Marlos Moreno.
O Fogão tinha Moisés e Pimpão nos lugares de Gilson e Luiz Fernando.
Pimpão que também atingiu o travessão do rival, aos 38'.
Para variar, o Nilton Santos tinha menos gente do que a importância do jogo impunha, apenas 19.267 torcedores.
Renatinho ainda substituiu Léo Valência, em grande noite, ao fazer um gol de falta e dar o passe para Erik abrir o marcador.
Erik que, aos 47, desperdiçou egoisticamente o terceiro gol, com dois companheiros livres para fazer 3 a 1.
Jogo que terminou com a vitória botafoguense, o que praticamente mantém o clube da Estrela Solitária na Série A e acaba com a chance do heptcampeonato rubro-negro, além de botar fim à invencibilidade de Dorival Júnior no comando do Mengão.
Zé Ricardo saboreou sua primeira vitória contra o ex-clube.
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