Santos faz o mínimo; Corinthians quer cair?
Como já dito aqui, corintiano hoje em dia torce para o time não sofrer gols, porque é inútil torcer para que os faça.
Prova disso foi o que Matheus Vital perdeu logo de cara no Pacaembu santista.
E durou apenas 20 minutos a torcida para não levar.
Arthur Gomes entrou pela direita fazendo uma festa na defesa corintiana e bateu para defesa parcial de Walter.
O rebote caiu nos pés do Gabigol para estufar a rede corintiana: 1 a 0.
Daí para frente caiu um toró no Pacaembu e é claro que o Peixe se deu melhor na água, enquanto o Corinthians fazia marola e não ameaçava o gol de Vanderlei.
Diante da anemia corintiana, o Santos deixava o rival jogar e o torcedor, ensopado, via mais um jogo com selo de qualidade do atual futebol nacional.
Registre-se que o Santos deu também apenas um chute no gol.
Se Jair Ventura fez contas no intervalo percebeu que caso o Corinthians seguisse derrotado corria o sério risco de terminar a rodada a apenas dois pontos da zona do rebaixamento.
E voltou com Thiaguinho no lugar de Léo Santos.
Com o que o Corinthians ficava com apenas um de seus titulares, o volante Douglas (sim, ele é titular!…), todos os demais poupados para a final da Copa do Brasil contra o Cruzeiro.
Com Jonathas em campo, o Corinthians jogava com dez.
Já Cuca sabia bem que o Santos estava ficando a três da zona da Libertadores.
E não mudou nada.
O menino Rodrygo, na seleção sub-20, fazia muita falta ao ataque santista, burocrático sem a ousadia dele.
O domínio estéril do Corinthians permanecia inalterado e Santos a tudo via passivamente.
Um clássico gelado.
O Santos parecia esperar a oportunidade de um contra-ataque para não correr o risco de o adversário achar o empate.
Aos 20', Arthur Gomes deu lugar a Derlis González.
Aí, o Santos pressionou por um minuto e Walter salvou o segundo tento do Gabigol.
Três minutos depois, Pituca tirou água da trave e o Santos se aproximava do 2 a 0.
Clayson entrou no lugar de Matheus Vital que, cá entre nós, de vital pouco tem e de mortal menos ainda.
Aos 29, o veterano Renato, 39, bom de bola para chuchu, entrou no lugar de Yuri e já assumiu a faixa de capitão, ele que disputa sua última temporada e já trabalha como executivo no Santos, ou seja, é chefe de Cuca fora de campo e chefiado por ele dentro.
Aos 32, Danilo, 39, substituiu Emerson Sheik, 40.
Sim, parecia campeonato de seniors, diante de 24.123 pagantes, mais de 26 mil presentes.
Sanchez saiu e Sasha chegou, aos 43'.
Gabriel teve a chance do empate aos 44' e cabeceou mal.
Sasha então, aos 48, teve outra, ainda maior, mas Walter evitou.
Marlon também teve aos 51 a chance do empate, de cabeça.
O finzinho do jogo até teve alguma graça.
Em gestão de Andrés Sanchez o Corinthians caiu em 2007.
Agora, na gestão de Andrés "Desmanches" Sanchez, parece querer cair de novo.
Ele dirá que com ele o clube foi campeão da Copa do Brasil de 2009 e pode ser novamente.
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