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Blog do Juca Kfouri

Mengão quase; Verdão tranquilo

Juca Kfouri

27/10/2018 22h03

No Maracanã lotado, todos os ingressos 65 mil ingressos vendidos, líder e vice-líder do Brasileirão fizeram um clássico que foi a cara do atual futebol brasileiro, com luta, esforço, mas sombrio, frio, sem emoções durante todo o primeiro tempo e até com queda de luz no estádio privatizado.

O Palmeiras até pareceu, no começo, que até atacaria o Flamengo.

Mas logo voltou à postura de deixar o rival jogar e tentar surpreendê-lo numa bola esticada.

O Rubro-Negro, então, ficou com a bola por 73% do tempo, mas sem saber como penetrar na defesa paulista.

Para os planos alviverdes, o 0 a 0 estava de bom tamanho.

O Flamengo teria de ir para cima no segundo tempo.

E foi, mas quem abriu o placar foi o Palmeiras, com Dudu, ao receber um passe longo de Antonio Carlos, que Pará, não cortou e foi vencido pelo talentoso atacante: 1 a 0, aos 5 minutos.

O Brasileirão começava a terminar e a definir seu campeão, sete pontos adiante de Flamengo e Inter.

Mas tinha jogo e, aos 9', Weverton salvou o empate dos pés de Paquetá.

No minuto seguinte, salvou também o gol de Everton Ribeiro.

E Willian estava em campo no lugar de Guerra, na primeira troca de Felipão.

Felipe Melo, muito bem no jogo, sentiu e deu lugar a Moisés.

William Arão também saiu e Diego entrou, na primeira troca de Dorival Júnior que sofria seu primeiro gol na volta ao Mengo.

Vitinho também foi embora para Marlos Moreno jogar, mas o quase campeão não corria risco.

E foi ele quem quebrou longo jejum, ao se aproveitar de bobeada de Antônio Carlos, para empatar e ainda dar, no minuto seguinte, o desempate para Paquetá que chutou por cima.

O 1 a 1 seguia melhor para o Verdão, mas já sem poder se considerar campeão.

Gomez estava em campo no lugar de Luan e Geuvânio substituía Uribe.

O Flamengo pressionava e mais de 65 mil torcedores queriam descer ao gramado.

Diminuir a diferença de quatro para um ponto era questão quase de vida ou morte.

Mas não deu. Agora é jogar, ganhar e secar.

Para o líder e manter a toada.

Diga-se que o segundo tempo goleou o primeiro.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/