Inter no apito e o São Paulo em queda
Em oito minutos, dois gols no Nilton Santos.
O primeiro de Jean, aos 6, escorando uma casquinha de Kieza após cobrança de escanteio.
O segundo de Diego Souza, depois que Carli errou ao tentar aliviar na área e a bola sobrou para o artilheiro tricolor empatar, na banheira, mas em gol legal.
O São Paulo pareceu ter forças, mas só pareceu.
Porque o Botafogo tomou as rédeas do jogo, Anderson Martins também errou num toque de bola para dentro de sua área, Kieza e Erik tabelaram e o centroavante fulminou Sidão para fazer 2 a 1.
Ironias: Jean, autor do primeiro gol carioca é do Corinthians e Erik, que deu o segundo, é do Palmeiras.
Impressionante porque o Tricolor perdia a liderança e parecia sem potência para buscá-la.
Mesmo assim, voltou igual para o segundo tempo.
Aos 10, enfim, Diego Aguirre tirou Edimar e botou Carneiro que, de cara, perdeu gol feito.
Minutos depois, Reinado bateu falta, o terceiro goleiro botafoguense Saulo deu rebote e o uruguaio Carneiro empatou novamente, para alegria de seu patrício no banco.
Era outro São Paulo em campo, na pressão de quem não quer ceder o primeiro lugar.
Liziero substituiu Bruno Peres, aos 29', e Pimpão entrou no lugar de Erik.
A pressão final paulista foi quase insuportável, mas os cariocas suportaram.
Saulo fez duas defesas nos acréscimos em chutes de Rojas e de Diego Souza que não estão escritas em lugar nenhum.
Era jogo para o São Paulo vencer.
Não deu e o Tricolor caiu para o terceiro lugar.
Enquanto isso, no Beira-Rio, o Inter fazia pior.
Fez um gol contra com Emerson antes do segundo minuto de jogo e não foi capaz de pressionar o Vitória como deveria, indo para o intervalo perdendo de 1 a 0.
O Colorado voltou mais objetivo no segundo tempo, viu a zaga baiana salvar na linha o empate nos pés de Nico López e, no minuto seguinte, viu Victor Cuesta roubar uma bola na raça e Edenílson cruzar para Leandro Damião empatar de cabeça.
Gol de lavar a alma!
Os gaúchos tinham tudo para virar.
Mas Damião se machucou e teve de sair, aos 22', para Rossi jogar.
O empate não era ruim, era péssimo, para quem vinha de derrota em Chapecó e empate com o Corinthians.
32.229 pagantes sofriam em Porto Alegre.
O levantador de bandeirinha deu um impedimento duvidoso de Camilo em lance que terminou em gol colorado.
E os torcedores viram o assoprador marcar novo pênalti em mão na bola fora da área, contra o Vitória. Outro absurdo que o VAR evitaria.
O pênalti que não foi pênalti levou um tempão para ser cobrado e, aos 41, D'Alessandro não desperdiçou: 2 a 1.
Segundo jogo seguido em que o Inter é beneficiado, com o que reassume o segundo lugar, um ponto à frente do São Paulo, cinco gols a menos no saldo que o Palmeiras.
Ah, o VAR…
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