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Blog do Juca Kfouri

Brasil 13, El Salvador 0. E daí?

Juca Kfouri

11/09/2018 23h20

A Seleção Brasileira já havia feito oito gols na de El Salvador.

Em 1994 e em 1998, sempre nos Estados Unidos, dois 4 a 0.

Hoje, ainda lá, no primeiro tempo já estava 3 a 0.

Neymar de pênalti inexistente, Richarlison, num golaço, e Philippe Coutinho, num gol que nem em treino deixariam que ele fizesse, aos 3, 15 e 29 minutos.

O time do UOL Esporte, com Rodrigos Mattos no gol, Perrone na zaga e Menon de centroavante ganharia de El Salvador, talvez sem tanta facilidade.

Logo no começo do segundo tempo, Richarlison já fez o 4 a 0, enquanto o goleiro Neto ainda não havia tocado na bola, razão pela qual Rodrigo Mattos poderia estar em seu lugar.

Dedé já havia saído sem praticamente jogar, a não ser em dois desarmes que Perrone também faria.

A dúvida era uma só: Menon marcaria os dois belos gols de Richarlison?

Tite teve a mesma dúvida e pôs Lucas Paquetá no lugar dele, aos dez minutos.

O bom blogueiro Marcel Rizzo, quer dizer, o bom atacante Everton também entrou, no lugar de Coutinho.

Um frege, uma festa, isto é, uma covardia que o menino Arthur comandava para ser o segundo grande Arthur do futebol brasileiro, depois do reinado de ArthurZico.

E, acredite, o ex-gremista não apareceu nos últimos dois meses, depois da Copa na Rússia…

Mas Tite, prisioneiro de uma fórmula, não o levou para quebrar padrões. Uma lástima!

De leve, na Liga das Nações, a Espanha enfiou 6 a 0 na vice-campeã Croácia, completa.

Aos 30 minutos, em Washington, o Brasil, em terceiro lugar, vencia por 4 a 0 a seleção em 72º lugar no ranking da FIFA.

Daqueles "jogos" que você vê por obrigação do ofício.

Paquetá e Dedé viajarão cerca de 13 horas para poderem jogar amanhã, quase hoje, na Copa do Brasil…

Aos 44', Marquinhos ainda fez 5 a 0, de cabeça, depois de escanteio batido por Neymar.

E daí?

E daí, NADA!

Nota do blog: Roberto Vieira anota a heresia aqui cometida na referência a Arthur Antunes Coimbra, o Zico, como se não houvesse existido outro Arthur antes dele, o Friedenreich.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/