A lição dada pela Justiça no Maracanã
A concessão do Maracanã está cancelada na Justiça, como você pode ler AQUI.
Trata-se de mais um golpe nos privativistas a qualquer preço.
Desde logo, deixo claro: estou entre os que pensam que estádios de futebol não têm de ser administrados pelo poder público.
Por outro lado, os processos de concessão devem ser discutidos com a sociedade, passo que tem faltado desde há muito no Brasil.
Como em São Paulo, no caso do Pacaembu, em nova tentativa açodada de entregar um patrimônio da população aos empresários amigos do rei, no caso, o ex-prefeito paulistano.
Desde o processo chamado de privataria tucana têm sido assim: "Chegamos ao limite da nossa irresponsabilidade", disse alta autoridade quando era a Telebrás o objeto de desejo da iniciativa privada.
Infelizmente o Brasil tem desmoralizado até as medidas tidas como modernizantes, basta ver o que viraram as agências reguladoras, que em vez de representarem a cidadania se transformaram em cabides políticos de empresa.
É claro que a corrupção desenfreada acontecida na Petrobras colabora para enfraquecer os argumentos estatizantes, para ficar apenas num caso.
A venda criminosa da Embraer para Boeing seria a outra face dessa moeda.
Daí, como diria o Conselheiro Acácio, ser necessária cautela e transparência em processos de concessões e privatizações.
O passado recente do Maracanã, cartão de visitas do futebol brasileiro, comprova que como está não pode seguir.
Conseguimos transformá-lo num problema, quase num elefante branco.
Devagar com o andor porque o santo é de barro.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/