Na marra, ninguém tira a liderança tricolor
Manhã fria, 13º, no Morumbi tomado, jogo agressivo no gramado, o São Paulo no ataque, o Ceará na defesa.
Um Tricolor inicialmente envolvente ao jogar pelos lados; um Vozão concentrado o tempo todo em evitar ser vazado.
Aos 12 minutos de jogo, o melhor momento; ou melhor, os melhores momentos: Rojas fez ótima jogada pela direita do ataque, entrou na área e deu para trás para Reinaldo chutar com força e o goleiro Everson defender com rebote para Éverton bater de novo e o goleiro cearense evitar o 1 a 0 com o pé.
Parecia mentira, mas o gol não saiu.
O Ceará fazia faltas seguidas perto de sua área, mas o São Paulo não as aproveitava.
Assim transcorreu o primeiro tempo, como antecipação do que viria no segundo.
Everson fazia cera, recebia cartão amarelo e não deixava passar nem pensamento.
Sidão não trabalhava e quando repunha a bola em jogo era apressado pelo torcedor.
Quando faltavam 30 minutos para o jogo acabar, Diego Aguirre tirou o volante menino Luan e pôs o menino atacante Shaylon.
Já havia um certo ar de drama no Morumbi cuja torcida detesta ser chamada de bambi , mas mantém o odioso grito de bicha quando o goleiro adversário bate tiro de meta.
Aos 18', Leandro Carvalho perdeu gol feito ao permitir a defesa de Sidão, na oportunidade mais clara é fácil do jogo.
Cinco minutos depois, Éverton sentiu uma lesão muscular e foi trocado por Régis, desfalque grave para o Tricolor, que já não terá Nenê no próximo jogo, contra o Fluminense, também no Morumbi.
Em seguida foi a vez de Rojas ter a chance do gol são-paulino e desperdiçá-la.
Sim, a partida virava drama.
O jogo chegou aos 30 minutos e o Morumbi era um misto de silêncio e impaciência.
O alívio e a explosão vieram em seguida, aos 32', em excelente descida de Reinaldo pela direita da defesa, o passe para Diego Souza na marca de pênalti e dele a abertura para Bruno Peres fazer o gol do desafogo: 1 a 0.
Por reclamação, Leandro Carvalho foi expulso dois minutos depois.
Ele que perdera gol feito, deixou o Ceará com dez. Um papelão.
Aí, então, o São Paulo tomou conta de vez da partida, diante de 57.323 torcedores.
Porque nada é fácil no Brasileirão, o São Paulo, no peito e na raça, manteve a liderança, para desencanto de colorados e rubros-negros cariocas.
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