Topo

Blog do Juca Kfouri

São Paulo cirúrgico, Grêmio absoluto e Corinthians eficaz

Juca Kfouri

18/07/2018 23h44

Nem a Arena Corinthians, nem a Arena Grêmio estavam tomadas, ao contrário do Maracanã.

Também, pudera.

O Corinthians sofreu mais um desmonte durante a Copa do Mundo e o Grêmio viu a joia Arthur ir para a Espanha.

Já o Flamengo, se viu também Vinicius Júnior ir embora, ao menos, lidera o Brasileirão.

O que se viu nos três primeiros tempos foi muita correria, como se os 30 jogadores de linha estivessem com saudades de jogos valendo pontos.

Intensidade e erros em profusão, porque a vontade de jogar se transformava em ansiedade.

O Grêmio apertou o Galo como pôde, mas faltou o gol.

Entre Flamengo e São Paulo os paulistas criaram mais chances, mas foi Paquetá quem cabeceou no travessão Tricolor.

E o Corinthians teve a felicidade de ver Rodriguinho acertar um tirambaço de fora da área para abrir o placar logo aos dois minutos.

Daí em diante o Botafogo tentou envolver os anfitriões, mas não deu trabalho a Cássio, assim como o Corinthians também não exigiu mais nada de Jefferson.

Era improvável que não saíssem gols no Rio e em Porto Alegre, como era que saíssem em São Paulo.

E vieram os segundos tempos.

Logo de cara, Everton, de peixinho abriu o placar contra seu ex-clube: São Paulo, 1 a 0, em cruzamento do estreante Rojas.

E Bressan, aos 6 minutos, fez 1 a 0 para o Grêmio.

Embolava tudo na parte de cima da tabela.

Tanto Cássio quanto Sidão evitaram os empates ainda no recomeço dos jogos em São Paulo e no Rio.

Aos 14, em Porto Alegre, de cabeça, André também marcou contra seu ex-clube: 2 a 0.

Prêmio ao Grêmio que seguiu pressionando depois de estar em vantagem, diante de só 22.063 torcedores.

O Botafogo pressionava o Corinthians e o São Paulo fustigava o Flamengo.

No Flamengo, com Guerrero, perigoso mesmo era Paquetá e o estreante Uribe perdeu gol feito em rebote de chute de Paquetá.

Sidão começou a fechar o gol paulista em cabeçada de Uribe.

Luan, aos 26', bateu pênalti na trave do Galo. Ele não é um bom batedor.

Só para contrariar o blogueiro, aos 30, Fagner deu com açúcar para Romero ampliar: Corinthians, 2 a 0, castigo para o estéril domínio carioca, diante de apenas 20.073 torcedores.

Cássio, o melhor em campo, trabalhou muito mais que Jefferson que, no entanto, buscou duas bolas no fundo da rede, graças à eficácia corintiana, sem brilho.

O Grêmio poderia ter goleado, tão superior e convincente que foi. Já está em quarto lugar com o mesmo número de pontos do Galo, a três do líder.

E o São Paulo derrubou o líder para assumir a vice-liderança a apenas um ponto do Flamengo, porque foi cirúrgico quando teve a chance e soube se defender, mesmo depois da expulsão de Araruna, diante de 56 mil torcedores no Maracanã frustrado, depois de sete minutos de acréscimos…

"O campeão voltou", cantou a torcida tricolor na Cidade Maravilhosa.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/