Croatas seguem enaltecendo o nazismo na Rússia
Do jornal "La República", da Espanha.
Enquanto a mídia ocidental critica o governo Putin para seus interesses ilegítimos, um novo caso de glorificação do fascismo teve lugar durante o Mundial de 2018.
O caso do defensor croata Vida, que gravou um vídeo em conjunto com Ognjen Vukojevic ex-jogador ucraniano, exaltando o regime fascista de Kiev.
O vídeo foi adicionado ao Facebook por um jornalista ucraniano, e nele viu-se o jogador Vida, gritando "Glória a Ucrânia" depois de a Croácia eliminar a Rússia.
Este lema, usado pelo fascismo ucraniano, é semelhante ao usado pelo franquismo "Arriba España".
Por isso, ontem, a cada vez que Vida pegava na bola era fortemente vaiado pela torcida russa no jogo contra a Inglaterra.
Não é a primeira vez em que a Croácia se vê em situações semelhantes.
Foi um escândalo, por exemplo, quando, em um vídeo divulgado pelo jogador Lovren, vários jogadores da Croácia, entre eles Vrsaljko do Atlético de Madrid, cantaram "Bojná Cavoglave", uma canção da banda Thompson, que pede desculpas ao regime fascista croata do Ustacha durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 2015, a UEFA sancionou a própria Federação Croata de Futebol com um jogo de portas fechadas e 50 mil euros de multa por insultos racistas dos seus adeptos.
Esse jogo, diante da Itália, foi jogado com uma suástica pintada com clippers no gramado do estádio, o que levou a UEFA a abrir processos disciplinares contra a Croácia.
Em 2013, o jogador croata Simunic foi multado em 3.500 euros por gritos nazistas.
Durante uma celebração, o jogador pediu à platéia para cantar com ele um lema bem conhecido dos "ustachis".
"Za dom" ( "Em casa") disse Simunic três vezes para o estádio, microfone na mão levantada, enquanto o público respondeu "Spremni" ( "Pronto!").
Essa foi uma das saudações dos "ustachis", o protetorado croata da Alemanha nazista.
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