Belgas bronzeados!
Bélgica e Inglaterra fizeram o primeiro jogo que pude ver inteiro nesta Copa e não vi.
Não vi boa parte do primeiro tempo.
Porque fiquei vendo até o fim o jogo que havia começado a ver ontem, em Wimbledon, entre Novak Djokovic e Rafael Nadal pela semifinal do torneio.
O sérvio acabou por vencer por 3 a 2, com 10 a 8 no quinto set, em mais de 5 horas de um embate espetacular, com jogadas de altíssimo nível dos dois gênios.
Quiseram os deuses dos esportes que a Sérvia e a Croácia sejam protagonistas do domingo de decisões no tênis e no futebol.
Vi o segundo tempo todo do jogo em São Petersburgo, depois de ver os melhores momentos do primeiro, com a Bélgica na frente desde os 4 minutos, gol de Meunier, e mais interessada que a Inglaterra.
Verdade que nos 45 minutos finais os ingleses se mostraram menos conformados e buscaram o empate, que só não veio aos 25 minutos porque a zaga belga salvou na linha fatal.
Contra a monotonia que me dizem ter sido o primeiro tempo, o segundo até que agradava, embora a Bélgica não acertasse nenhum contra-ataque.
Mas aos 34 minutos, os belgas fizeram um contra-ataque em seguida a nova chance desperdiçada pelos ingleses que, se sai o gol, seria o mais bonito da Copa, depois da participação de cinco jogadores, com passes de calcanhar, virada de bola e o chute final de primeira pelo alto de Meunier que Pickford defendeu sensacionalmente.
Dois minutos depois, Hazard recebeu de De Bruyne com açúcar e ampliou: 2 a 0.
O bronze é belga para Bruxelas comemorar a melhor colocação de sua seleção na história das Copas.
Em 2006 o Brasil foi derrotado pelos vice-campeões franceses.
Em 2010 pelos também vice-campeões holandeses.
Em 2014 pelos campeões alemães e pelos terceiros colocados holandeses.
E, agora, pelos terceiros colocados belgas.
Não é nada, não é nada, até que é alguma coisa.
A Alemanha perdeu para o México e para a Coreia do Sul…
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/