O líder é o Flamengo. E ponto!
Volto ao país e sou tomado por surpresas.
A primeira delas é óbvia: o Brasil ainda existe, resistiu ao caos que acompanhei de longe.
A segunda deveria ser óbvia, mas não é: li e vi à distância que com a vitória o Botafogo, fruto de pênalti inexistente, o São Paulo voltou a liderar um Brasileirão depois de não sei quanto tempo.
Meia verdade, às vezes pior que uma mentira inteira.
O Tricolor, em franca reação, único invicto, com campanha para ser campeão, ainda não voltou a terminar como líder uma rodada do Brasileirão.
O líder era e seguiu sendo o Flamengo, para alegria da Nação que voltou a ocupar o Maracanã.
De resto, vi o primeiro tempo de mais uma vitória magra do Corinthians, soube do gol de Jadson já dentro do avião e confirmei tão logo o avião pousou em Guarulhos.
Surpreendente que o Alvinegro esteja no terceiro lugar, só menos surpreendente do que sua campanha, no primeiro turno, no campeonato passado.
Como surpreende que o Palmeiras esteja só três pontos acima da zona do rebaixamento e o Santos, um dos quatro que jamais caíram, esteja nela.
Dá a medida do que era esperado, do equilíbrio, e do que já se sabia e tem sido a marca registrada dos Brasileirões: o baixo nível técnico.
De 79 jogos disputados até aqui, 17 terminaram 1 a 0, 21,5%, e 19 acabaram empatados, 24%.
Grandes jogos, me ajude, foram poucos, muito poucos e acho que, por estar fora, não os vi.
Sei que a política da contagem mínima continua, o que interessa é vencer.
E o povo, ó, não vai aos estádios, a não ser a torcida do líder, que também lidera, como aconteceu também em 2017.
A média hoje segue na casa dos irrisórios 17 mil pagantes por jogo.
Já o Flamengo, com quatro jogos no Maraca, tem média superior aos 46 mil pagantes.
No ano passado a Fiel liderou com quase 35 mil em Itaquera.
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