São Paulo se agiganta
O primeiro tempo do San-São honrou o nome do clássico, porque foi gigantesco.
E o São Paulo foi impiedoso, cirúrgico e magistral em 21 minutos no Pacaembu tricolor.
Aproveitou muito bem de duas falhas santistas, de Alison e de Renato, no meio de campo para fazer dois gols.
Dois gols, não.
Dois golaços, ambos com a participação do brilhante Hernanes.
No primeiro ele enfiou um lançamento primoroso, de 30 metros, para Marcos Guilherme encobrir o goleiro Vanderlei que saiu vendido da meta, aos 16.
No segundo, Hernanes recebeu de Pratto e deu na medida para Cueva ampliar, aos 21.
O São Paulo era dono do jogo e o Santos, com Renato, Bruno Henrique e Lucas Lima, além de Ricardo Oliveira, pouco ameaçava.
Aí, aos 33, achou um gol.
E que gol!
Escanteio pela esquerda, Rodrigo Caio alivia pelo alto, a bola sobra fora da área para Alison que acerta, de primeira, um tirambaço raríssimo: 2 a 1.
O Santos cresceu e o São Paulo tratou de quebrar o ritmo frenético do jogaço.
O segundo tempo começou com os 22 jogadores do primeiro e não fazia mesmo sentido qualquer mudança.
David Braz era o nome santista do jogo e Hernanes gastava a bola no São Paulo, mas mal não havia ninguém.
O Santos, é claro, partiu para cima.
Era hora de testas os nervos tricolores no embate em que o empate não interessava a ninguém, porque o São Paulo atrás da segunda vitória seguida para se afastar ainda mais da ZR e o Santos em busca de ficar a apenas três pontos da liderança.
O jogo ficou mais nervoso que técnico, com o São Paulo marcando melhor que o Santos e mais com o coração na ponta da chuteira.
Kayke substituiu Matheus Jesus aos 16 e Bruno Henrique era motivo de preocupação permanente para a defesa tricolor.
Literalmente, o São Paulo disputava cada bola como se fosse um prato de comida e tornava complicadíssima a missão do rival, que precisava criar.
Quase todas as divididas eram para os tricolores.
Aos 32, Hernanes deu mais um gol, o que seria o terceiro, para Petros fazer, mas ele chutou na trave.
O São Paulo ganhava e merecia ganhar por mais, perante mais de 40 mil torcedores, em novo espetáculo da gente são-paulina.
Prova disso eram os seis cartões amarelos recebidos pelo Santos, que não sabia como controlar o ímpeto do rival.
Alison saiu e Serginho entrou, aos 33, porque era tudo ou nada para o Santos.
Copete entrou no lugar de Lucas Lima, em tarde opaca, e Cueva saiu para entrada de Jonathan Gómez, além de Denilson no lugar de Marcos Guilherme.
Levir Culpi fazia o que podia e Dorival Júnior saboreava doce vingança ao fazer o São Paulo jogar como o Santos gostaria e gostou quando ele esteve na Vila Belmiro.
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