Escravos de Jô
A situação anda tão ruça no país que Euriquinho, filho de Eurico Miranda, falou em dar exemplo, citou São Januário como estádio seguro e chorou uma derrota que o Vasco mereceu.
O pai um dia disse que "ética é coisa de filósofo" e o filho, ao se fazer de indignado, apenas causa riso.
Vamos parar de hipocrisia:
1. A família Miranda faz de São Januário palco de terror e do Vasco sua propriedade;
2. Jô fez gol irregular e sofreu pênalti não marcado. Deu-se muito mal porque falou uma coisa e praticou outra;
3. O Corinthians mereceu vencer e é líder disparado não por erros de arbitragem, mas porque, além de ter feito campanha excepcional no primeiro turno, seus adversários foram abaixo da crítica.
Como o poder no Brasil está nas mãos de um "quadrilhão", segundo disse a Procuradoria Geral da República, e a Casa Bandida do Futebol é o que é, só resta a saída proposta pelo saudoso Stanislaw Ponte Preta:
"Ou todos nós locupletamos ou restaure-se a moralidade!".
Porque somos todos "Escravos de Jô".
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/