Empataço no Maracanã, decisão no Mineirão
Como habitual em jogos decisivos, nem Flamengo nem Cruzeiro se arriscaram muito até que a metade do primeiro tempo chegasse.
Cautela era o nome do jogo.
Então, aos 27, Diego enfiou uma bola preciosa para Willian Arão aparecer como elemento surpresa na área mineira e descviar de cabeça para ótima defesa de Fábio.
A rigor, foi a chance de gol nos 45 minutos iniciais.
Reinaldo Rueda atendeu a vontade do torcedor rubro-negro e escalou Thiago em vez de Muralha no gol.
Mas escalou Márcio Araújo em vez de Cuellar.
Mano Menezes optou pela experiência de Rafael Sóbis.
Thiago não teve trabalho e Sóbis não deu trabalho.
Robinho, errando passes em profusão, era a maior decepção.
Antes do jogo, confusão na entrada do Maracanã, bombas da PM, invasões, ingressos falsos. É notícia?
O segundo tempo seguia no mesmo diapasão até os 12 minutos, quando Diogo Barbosa deu para Alisson que desviou com a ponta da chuteira para excelente defesa de Thiago.
Aí, Sóbis, que acabara de receber o cartão amarelo que o tira da decisão, saiu para entrar Raniel e Vinicius Júnior entrou para saída de Rodinei.
Rueda pôs Pará na lateral-direita, Everton na esquerda e apostou num time mais ofensivo para dar as cartas.
O Cruzeiro, na dele, fazia o chamado jogo de segurança, maduro.
Aos 20, Léo evitou gol de Arão.
E Márcio Araújo deu lugar a Cuellar, aos 21.
O Flamengo tentava pressionar, ou melhor, pressionava meio na base do pega-ratão, mas o Cruzeiro não se impresssionava e punha Rafinha no lugar de Alisson.
Fábio, outra vez aos 27, evitou gol de Arão.
Aos 30, enfim, deu certo.
Fábio fez milagre em chute de Revér e no bate-rebate, Paquetá, em impedimento, tocou para o fundo da rede: 1 a 0 e era justo, tecnicamente, mas injusto porque fruto de erro do levantador de bandeirinhas e do assoprador de apito.
Arrascaeta veio para o jogo no lugar de Thiago Neves num Maracanã enlouquecido e com os cariocas mais perto de ampliar do que os mineiros de empatar.
Paquetá saiu e Gabriel entrou aos 36.
Mas, aos 38, o empate!
Hudson chutou de longe, Thiago bateu roupa miseravelmente e Arrascaeta pegou o rebote para empatar.
Ah, o Muralha…
Não era justo pelo jogo, mas era pelo erro da arbitragem no gol rubro-negro.
Na verdade, se as coisas funcionassem assim, era para estar 1 a 0 para o Cruzeiro, diante de 66 mil torcedores.
A decisão ficou para daqui a 20 dias, no Mineirão azul, como o Maracanã esteve rubro-negro.
O Flamengo deverá ter Guerrero contra 60 mil vozes para o Cruzeiro.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/