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Blog do Juca Kfouri

Empataço no Maracanã, decisão no Mineirão

Juca Kfouri

07/09/2017 23h40

Como habitual em jogos decisivos, nem Flamengo nem Cruzeiro se arriscaram muito até que a metade do primeiro tempo chegasse.

Cautela era o nome do jogo.


Então, aos 27, Diego enfiou uma bola preciosa para Willian Arão aparecer como elemento surpresa na área mineira e descviar de cabeça para ótima defesa de Fábio.

A rigor, foi a chance de gol nos 45 minutos iniciais.

Reinaldo Rueda atendeu a vontade do torcedor rubro-negro e escalou Thiago em vez de Muralha no gol.

Mas escalou Márcio Araújo em vez de Cuellar.

Mano Menezes optou pela experiência de Rafael Sóbis.

Thiago não teve trabalho e Sóbis não deu trabalho.

Robinho, errando passes em profusão, era a maior decepção.

Antes do jogo, confusão na entrada do Maracanã, bombas da PM, invasões, ingressos falsos. É notícia?

O segundo tempo seguia no mesmo diapasão até os 12 minutos, quando Diogo Barbosa deu para Alisson que desviou com a ponta da chuteira para excelente defesa de Thiago.


Aí, Sóbis, que acabara de receber o cartão amarelo que o tira da decisão, saiu para entrar Raniel e Vinicius Júnior entrou para saída de Rodinei.

Rueda pôs Pará na lateral-direita, Everton na esquerda e apostou num time mais ofensivo para dar as cartas.

O Cruzeiro, na dele, fazia o chamado jogo de segurança, maduro.

Aos 20, Léo evitou gol de Arão.

E Márcio Araújo deu lugar a Cuellar, aos 21.

O Flamengo tentava pressionar, ou melhor, pressionava meio na base do pega-ratão, mas o Cruzeiro não se impresssionava e punha Rafinha no lugar de Alisson.

Fábio, outra vez aos 27, evitou gol de Arão.

Aos 30, enfim, deu certo.


Fábio fez milagre em chute de Revér e no bate-rebate, Paquetá, em impedimento, tocou para o fundo da rede: 1 a 0 e era justo, tecnicamente, mas injusto porque fruto de erro do levantador de bandeirinhas e do assoprador de apito.

Arrascaeta veio para o jogo no lugar de Thiago Neves num Maracanã enlouquecido e com os cariocas mais perto de ampliar do que os mineiros de empatar.

Paquetá saiu e Gabriel entrou aos 36.

Mas, aos 38, o empate!


Hudson chutou de longe, Thiago bateu roupa miseravelmente  e Arrascaeta pegou o rebote para empatar.

 Ah, o Muralha…

Não era justo pelo jogo, mas era pelo erro da arbitragem no gol rubro-negro.

Na verdade, se as coisas funcionassem assim, era para estar 1 a 0 para o Cruzeiro, diante de 66 mil torcedores.

A decisão ficou para daqui a 20 dias, no Mineirão azul, como o Maracanã esteve rubro-negro.

O Flamengo deverá ter Guerrero contra 60 mil vozes para o Cruzeiro.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/