Cruzeiro é pentacampeão!!!!!
Cruzeiro e Flamengo fizeram um primeiro melhor que a encomenda.
Nada daquela história de que jogos decisivos são muito estudados e truncados.
O Flamengo propôs um jogo franco e o Cruzeiro, ao estilo de Mano Menezes, mais cuidadoso, nada de jogar no embalo do Mineirão azul, com mais de 61 mil torcedores.
Mesmo assim, foi mais perigoso que o rival, embora Guerrero tenha carimbado o travessão de Fábio logo aos 6 minutos.
O Cruzeiro perdeu uma de suas armas logo de cara, com o menino Raniel machucado nas duas pernas e substituído por Arrascaeta, que normalmente seria usado no segundo tempo, como no Maracanã, quando o uruguaio fez o gol do empate em 1 a 1.
Se não era um embate tecnicamente brilhante, era, para usar a palavra da moda, intenso, com predomínio das defesas.
A tal ponto que nem Fábio nem Muralha tiveram que atuar.
Para o segundo tempo o Cruzeiro perdeu mais um, Robinho, trocado por Rafinha.
O Flamengo tinha Everton em campo desde o início da decisão e permaneceu em campo no tempo final.
Nos primeiros minutos dos 45 complementares o Cruzeiro revelou disposição para mostrar que manda em casa.
Thiago Neves e Diego abdicavam de seus papéis de cérebros dos dois times para felicidade dos goleiros que mais assistiam do que jogavam a decisão.
Ali pelo 18º minuto o Flamengo voltava a equilibrar e era perceptível o incentivo da torcida rubro-negra postada do lado em que o Rubro-Negro atacava.
A tensão aumentava enquanto a qualidade da partida diminuía.
Aos 29 o Cruzeiro perdeu também Alisson machucado e Elber o substituiu.
Aos 32, Muralha espalmou mal um cruzamento e Arrascaeta quase abriu o placar com o presente do goleiro.
Rueda botou Paquetá, o autor do 1 a 0 no Maracanã, no lugar de Everton, aos 33.
Incrível, alías, como o Cruzeiro não chutava para testar o goleiro que tanto preocupa a vida do torcedor rubro-negro.
Rodinei foi para o jogo no lugar de Berrío, aos 39.
A cada minuto a decisão assumia a feição de ir à marca do pênalti e diferentemente do primeiro tempo, o segundo decepcionava, dada a ansiedade dos jogadores, principalmente dos mineiros.
Aos 43, Guerrero fez Fábio intervir na primeira defesa difícil do drama cujo desfecho, para um lado ou para o outro, não comportaria injustiça.
E vieram os pênaltis.
Na teoria, Fábio tinha enorme vantagem sobre Muralha e, na prática, o time que perdesse cairia em pé.
Henrique bateu, bola no meio, depois que Muralha caiu: 1 a 0;
Guerrero empatou;
Leo fez 2 a 1, bola de um lado, goleiro do outro;
Juan também tirou Fábio na batida e empatou;
Hudson repetiu Leo e fez 3 a 2;
Diego bateu e FÁBIO defendeu;
Diogo Barbosa para fazer 4 a 2, na perfeição;
Trauco fez 3 a 4;
E Thiago Neves deu o pentacampeonato ao Cruzeiro.
Ele escorregou, mas não deu dois toques, como o Flamengo reclamou.
O Cruzeiro deixou pelo caminho o Palmeiras, o São Paulo, o Grêmio e o Flamengo.
Discutir a justiça da conquista será coisa para quem não tem o que fazer.
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