Flamengo perde e ganha; Cruzeiro empata e ganha
Tudo o que faltou no Mineirão, com quase 45 mil torceores, entre Cruzeiro e Palmeiras, num jogo equilibradíssimo, mas sem emoção, sobrou na Vila Belmiro entr Santos e Flamengo nos 45 minutos iniciais.
Em Belo Horizonte era o chamado jogo de xadrez.
O Cruzeiro sabia que se tomasse um gol a sua vida ficaria muito complicada.
E o Palmeiras tinha plena consciência de que se levasse o gol estaria frito.
Daí não tomar gol virou a prioridade de ambos e nem Fábio nem Jaílson tiveram trabalho.
O melhor lance do jogo, aplaudido por Mano Menezes, foi uma matada de bola de Cuca, à margem do gramado.
Em Santos, ao contrário, ainda antes do 10º minuto, Diego voltou ao palco em que nasceu para o futebol e deu um passe fabuloso para Berrío abrir o placar.
O Santos quis morrer, mas Bruno Henrique, com um golaço de fora da área e no ângulo do retornado goleiro Muralha.
Aí o Santos, que andava mais perto de sofrer o segundo gol do que de empatar, tomou conta e rondou a virada até que o assoprador de apito marcou pênalti de Réver em Bruno Henrique, para ter de voltar atrás em seguida, porque o quarto árbitro viu o lance como o lance foi: o zagueiro rubro-negro atingiu só a bola e em vez de pênalti foi só escanteio.
O Palmeiras sacou Guerra e voltou com Keno, porque precisava de gol.
O Cruzeiro voltou igual porque não tinha mesmo por que mexer.
À medida que o segundo tempo corria o jogo esquentava e, aos 25 minutos, Keno chutou de longe um rebote de Fábio, a bola desviou em Lucas Romero e matou o goleiro: 1 a 0, o gol de que o Palmeiras precisava, 4 a 3 no placar agregado.
Brilhava a estrela de Cuca.
Saiu Dudu e entrou Tchê Tchê.
Mano Menezes que já pusera Arrascaeta em campo, pôs também Raniel, sacando Élber e Sóbis.
Aos 40, o bom lateral Diogo Barbosa cabeceou na perfeição um passe de Alisson para empatar e classificar o Cruzeiro e incendiar o Mineirão: 1 a 1, ou 4 a 4.
No fim, Arrascaeta ainda quase fez o segundo gol mineiro.
Mas nem precisou. O empate valeu como vitória.
Cruzeiro e Grêmio vão reeditar a semifinal do ano passado.
Já na Vila, com 50 segundos, Everton dribou um, levantou a cabeça e deu com açúcar para Guerrero fazer 2 a 1 para o Flamengo e liquidar a disputa pela vaga, habilitando-se a enfrentar o Botafogo nas semifinais da Copa do Brasil.
Mas Copete empatou aos 8, em falha de Muralha, e no minuto seguinte Victor Ferraz virou para 3 a 2, em outro golaço, em passe do ótimo Bruno Henrique.
O Santos precisava de mais dois gols, sem levar nenhum.
O jogo era muito bom e era dramático.
Zé Ricardo trocou Berrío por Rodinei, aos 15.
Um torniquete branco apertava o coração vermelho e preto.
Rafael Longuine substituiu Yuri e Hernandez entrou para Ricardo Oliveira sair, diante de mais de 12 mil torcedores.
Mas o Flamengo conseguia esfriar a fervura santista, além de escalar Gabriel no lugar de Everton.
Mesmo assim, aos 49, Copete ganhou de Muralha pelo alto e fez 4 a 2.
O Flamengo segurou a derrota para vencer o embate com o Santos pela vaga, mas Zé Ricardo merece ser malhado pelas escalações de Muralha, Rafael Vaz, e outros menos votados como Márcio Araújo e Gabriel.
Os paulistas Santos e Palmeiras deram adeus à Copa do Brasil.
Flamengo e Botafogo vão brigar pela finalíssima.
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