Alemanha, para variar! Até quando?
A Alemanha pouco viu a bola nos primeiros 20 minutos da decisão da Copa das Confederações.
O Chile esteve perto de abrir o placar algumas vezes, em uma delas com o goleiro Ter Stegen batido.
Ao marcar a saída de bola germânica se aproveitava da experiência para desnortear o jovem time B dos campeões mundiais.
Aí, aos 20, o bom volante Marcelo Díaz fez uma lambança na entrada da área, perdeu a bola e Stindl só teve o trabalho de empurrá-la para a rede andina.
Só não entrou de bola e tudo porque teve humildade em gol, como diria Jorge Ben Jor.
O sangue frio saxão estava na frente do caliente sangue latino.
Inevitável: o Chile sentiu o golpe e a Alemanha passou a controlar o jogo, mais perto de ampliar.
São Petesburgo, a antiga Leningrado, torcia para os sul-americanos, mas via prevalecer a força, a arte e a eficácia alemãs.
Quando o intervalo chegou uma pergunta pairava sobre o planeta do futebol: na Copa do Mundo, daqui a um ano, quebrarão os alemães a escrita de nunca o campeão da Copa das Confederações ganhar também o Mundial?
Claro, ainda faltava o segundo tempo, quem sabe a prorrogação, eventualmente uma disputa na marca do pênalti, mas já havia uma resposta: o time alemão que estava em campo não será o time que disputará a Copa do Mundo.
O segundo tempo foi todo chileno em busca do empate, mas falta ao melhor Chile de todos os tempos um finalizador, um Marcelo Salas ou um Zamorano.
Quando o time conseguiu dar o arremate, Ter Stegen apareceu e garantiu a conquista inédita do futebol alemão, também porque, sem cerimônia, a Alemanha montou uma retranca do tamanho do vergonhoso Muro de Berlim.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/