Pintou a final de 1977
O Corinthians deu uma aula ao São Paulo no primeiro tempo no Morumbi.
Uma aula!
Entre os novatos Rogério Ceni e Fábio Carille a vantagem do corintiano foi abissal.
Sem correr risco algum, impôs ao menos quatro chances de gol à meta tricolor.
E fez dois.
Com Jô, para variar em clássicos, aos 21 minutos, em passe na medida de Rodriguinho, e com o próprio Rodriguinho, de fora da área, no cantinho de Renan, aos 47.
O placar espelhava a superioridade de quem assumia uma proposta de jogo da qual o rival não conseguia escapar.
O São Paulo, com Cueva, perdera Wellington Nem, trocado por Cícero, mas com um e com outros esbarrava, impotente, na defesa alvinegra.
Mas mais que os gols alvinegros, a nota alta dos 45 minutos iniciais foi de Rodrigo Caio, que assumiu ter sido ele quem atingiu Renan depois que Jô levou o cartão amarelo que o tiraria do jogo da volta. Momento raro no futebol brasileiro.
O segundo tempo começou com Gilberto no lugar de Luís Araújo no time da casa.
Dois grandões tricolores contra Balbuena e Pablo, os dois grandões alvinegros, impecáveis.
Logo de cara Jadson se machucou e Clayton entrou no lugar dele.
Era clara a intenção corintiana de, num pega-ratão, matar o Majestoso.
Mas o time errava todas as tentativas de contra-ataque e Jô sofria sozinho.
Era o São Paulo com a bola, batendo no paredão, e o Corinthians se defendendo.
Aos 13, Cássio fez grande defesa em cobrança de falta batida por Maicon.
E fez outra, aos 16, em chute cruzado de Gilberto, rasteiro.
Romero errava tudo na frente e acertava tudo atrás.
Pratto jogava mal e Gilberto melhor que ele.
De certa forma, era um repeteco de São Paulo x Cruzeiro da quinta-feira.
Como estava, o Corinthians poderia perder por um gol em casa no domingo.
A Ponte Preta pode perder por dois gols de diferença no sábado.
Ou seja, pintava a repetição da famosa final de 1977, 40 anos depois.
Aos 32, Araruna se machucou e Thomas entrou em seu lugar.
Carille mexeu ao tirar Rodriguinho, gripado e no sacrifício, e botar Camacho.
Mais que nunca ia virar ataque contra defesa.
Mas, nervoso, o time são-paulino se matava e errava demais.
Romero saiu aos 44 e Léo Jabá entrou.
Mesmo com torcida única, mais de 45 mil são-paulino, o Morumbi voltava a viver uma noite como salão de festas corintiano.
A torcida cantava "time sem vergonha"…
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