A Ponte resiste bem e está na final
Quando o jogo começou na Arena do Palmeiras frenética, com 39 mil torcedores, os anfitriões, numa conta grosseira, tinham de fazer um gol a cada 30 minutos para levar a disputa da vaga na final do Paulistinha à marca do pênalti.
Quando o segundo tempo começou, seria preciso fazer um gol a cada 15 minutos.
Porque embora o Palmeiras tenha sido o único time em campo, o nervosismo impediu a precisão nos chutes finais, e foram sete.
Num deles, no único erro do goleiro Aranha, Borja chutou no travessão.
A Ponte teve apenas uma chance, com Pottker, aos 12 minutos.
De resto, foi ataque contra defesa o tempo inteiro e muita tensão.
Aos 15 minutos da etapa final o 0 a 0 permanecia, a Ponte equilibrava mais o jogo e o Palmeiras, sem produzir grandes momentos, passava a precisar de um gol a cada 10 minutos.
Eduardo Baptista trocara Tchê Tchê por Michel Bastos, mas o panorama não mudara.
Depois tirou Borja vaiado e irritado com a troca por Willian e Egídio saiu para entrar Keno.
O jogo chegava aos 30 minutos do tempo final e o Verdão precisava de um gol a cada 5 minutos.
O poderoso Palmeiras jogava a 165 minutos e não conseguia fazer nem sequer um golzinho na Ponte Preta que marchava célere para mais uma final em sua longa vida sem vencer campeonato algum.
Será nesta temporada? Tomara!
Aos 37, enfim, Aranha saiu mal do gol de novo e a bola bateu na parte de trás da cintura de Felipe Melo, o melhor em campo, e entrou.
Mas era tarde demais.
A Ponte tem um título a disputar.
E o Palmeiras a Libertadores para pensar, que é o que interessa.
O Palmeiras reclama de diversos pênaltis, nenhum tão claro como o de Fernando Prass em Pottker no domingo passado.
Pottker que desperdiçou nos acréscimos um gol feito, neutralizado por Prass.
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