É proibido dormir na Libertadores
Ufa!
Que noite!
A querida ouvinte e o caríssimo ouvinte me ouvem gravado, de madrugada.
Mas é possível que me ouçam comigo ainda acordado, adrenalina a mil por hora.
Porque foi uma noite daquelas, uma noite de Libertadores.
O Atlético Paranaense, na Argentina, fez 1 a 0 logo aos 3 minutos no San Lorenzo, gol do argentino Lucho González, teve chance para matar o jogo no primeiro tempo, não matou e levou um sufoco danado no segundo.
Mas ganhou preciosos três pontos fora de casa.
Já o Flamengo, no Chile, teve o jogo na mão no primeiro tempo, jogou muito melhor que a Universidad Católica, não fez gol e acabou tomando no segundo tempo do uruguaio Santiago Silva, El Tanque.
O rubro-negro acabou por perder um jogo que poderia ter vencido ou, no mínimo, empatado. Um sofrimento.
Finalmente, o Palmeiras.
Recebeu o Jorge Wilstermann da Bolívia, pôs 38 mil torcedores em sua casa, e martelou.
Martelou, martelou, martelou, tinha de vencer de qualquer jeito e, aos 50 minutos do segundo tempo, venceu.
Gol do zagueiro colombiano Mina, na bacia das almas, graças à insistência e, sobretudo, à paciência.
Daqueles gols que fazem o coração bater tão forte que causam insônia.
Que o Santos e a Chapecoense hoje, na Vila Belmiro e no Índio Condá, contra o Strongest boliviano e contra o argentino Lanús, não durmam no ponto, mas nos deixem dormir em paz.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/