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Blog do Juca Kfouri

Gramado encharcado, pênalti duvidoso, Timão 1 a 0

Juca Kfouri

04/02/2017 18h53

No primeiro tempo quase não houve futebol em Sorocaba, diante de 6.500 torcedores.

Se o Corinthians se propõe ser um time de toque de bola, o gramado, encharcado, não permitiu.

Se o São Bento mais queria se defender que atacar, o gramado o ajudava.

O segundo tempo seguia mais ou menos no mesmo ritmo até que, aos 9 minutos, Jô entrou na área, o zagueiro segurou em cima, tocou embaixo, o centroavante deixou a perna e desabou: o assoprador de apitos não titubeou e o próprio Jô bateu o pênalti para fazer 1 a 0 e seu primeiro gol depois que voltou a vestir a camisa que o revelou.

Sob aquele sol ardido do pós-chuva, o gramado melhorou. O jogo nem tanto.

Aos 21, Fábio Carille tirou Giovanni Augusto e pôs Marquinhos Gabriel para tentar dar alguma criatividade ao meio de campo alvinegro.

Pablo (foto) estreava bem na zaga corintiana ao lado de Balbuena e o lateral-esquerdo Moisés fazia nova apresentação segura.


Já dava para trocar passes e, eventualmente, triangular, mas o Corinthians insistia nas ligações diretas.

Aos 30, Camacho entrou no lugar de Felipe Bastos, no momento em que o São Bento estava melhor e ameaçava empatar, embora desse espaço para os contra-ataques.

Se o Santos estreou ontem goleando o Linense por 6 a 2 na Vila Belmiro para justificar sua condição de um dos favoritos ao título de mais um enfadonho Paulistinha, aos trancos e barrancos o Corinthians fez sua última substituição com Romero no lugar de Jô.

Invicto em casa na temporada passada com seis vitórias e dois empates, um deles contra o Corinthians por 1 a 1, o São Bento tentava manter a escrita.

Em vão.

Até porque, no derradeiro minuto, em ataque perigoso dos anfitriões, foi marcada equivocadamente uma saída de bola pela linha de fundo apesar da redonda ter ficado sobre a linha.

Luta houve. Futebol quase não.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/