A Praça Vermelha está quase verde e amarela
Antes que a Seleção Brasileira entrasse em campo nesta madrugada, os quatro mandantes haviam vencido seus jogos pela 12ª rodada das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo na Rússia.
A Bolívia batera o Paraguai por 1 a 0, o Equador ganhara da Venezuela por 3 a 0, o Chile vencera o Uruguai por 3 a 1 e a Argentina despachara a Colômbia por 3 a 0, com show de Messi.
Cabia ao Peru, em Lima, manter a escrita e, ao Brasil, quebrá-la.
Pois a quebrou.
Quando terminou o primeiro tempo o Peru não mantinha a escrita e o Brasil já a quebrava, mas pela metade, porque o jogo estava em empate, sem gols.
Verdade que os anfitriões assustaram no primeiros minutos, quando Cueva foi puxado na área por Daniel Alves, sem que o pênalti fosse marcado e, em seguida, a trave brasileira salvou o que seria o primeiro gol peruano.
Mas não demorou e a Seleção de Tite passou a cozinhar o Peru, ao quebrar o ritmo do jogo, ficar mais com a bola e a criar pelo menos duas ótimas chances de gol com Paulinho e Fernandinho, ambas saídas dos pés de Neymar.
No fim, Gabriel Jesus foi abraçado na área e o soprador de apito também não marcou nada.
O segundo tempo seguia no mesmo ritmo até que, aos 12 minutos, o menino Gabriel Jesus, como se tivesse 33 anos, fez 1 a 0, numa bola que espirrou para ele em jogada de Philippe Coutinho.
O Peru foi para pressão, quase empatou, tomou uma bola no travessão chutada por Neymar e descobriu que não tem asa para chegar à Rússia.
Porque, aos 33, Gabriel Jesus deu com cachaça para Renato Augusto matar o Peru: 2 a 0.
Só o Brasil ganhou como visitante e Paulinho ainda quase fez o terceiro gol.
A Praça Vermelha, em Moscou, está ficando verde e amarela.
Mais um pontinho, em seis jogos, e a Seleção estará na Copa do Mundo.
Para a Rússia, com bom futebol.
NOTAS
Alisson quando acionado foi bem: 7;
Daniel Alves, em seu 99º jogo pela Seleção, esbanjou categoria: 7,5;
Miranda é sinônimo de segurança: 7,5;
Marquinhos não fica atrás do parceiro: 7,5;
Filipe Luís foi discreto: 6,5;
Fernandinho quase fez gol de cabeça: 7;
Paulinho mais uma vez foi bem: 7;
Renato Augusto foi ponta-direita e artilheiro: 7,5;
Philippe Coutinho é um azougue: 7,5;
Gabriel Jesus é a melhor notícia de 2016: 8;
Neymar, comparado com ele mesmo, foi normal: 7;
Douglas Costa e William entraram no fim, para suar. São duas baitas opções. Sem nota.
Tite é a segunda melhor notícia do ano. Inventou de trocar Renato Augusto com Philippe Coutinho e deixou o time peruano constantemente em impedimento nas bolas paradas, ao tirar a defesa da área. Seis jogos, seis vitórias, 17 gols marcados, apenas um gol sofrido e gol contra, de Marquinhos, para Colômbia. Quer mais? Nota 8.
Comentário para o Jornal da CBN desta quarta-feira, 16 de novembro de 2016, que você ouve aqui.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/