Em memória de Flávio Gikovate
Hoje não falo de futebol.
Falo de um velho amigo que perdi e que vai fazer muita falta a todos nós, os amigos e os ouvintes da CBN.
Flávio Gikovate era um humanista, pessoa de altíssima sensibilidade e inteligência.
Não o conheci como cliente — e ele os tinha muitos, aqui e em Nova Iorque.
Eu disse que não falaria de futebol, mas vou falar.
Conheci Gikovate como o terapeuta da Democracia Corinthiana, no começo dos anos 1980.
Encontrava com ele antes dos jogos do Corinthians e ele me dizia exatamente como Sócrates jogaria.
"Ele vai jogar mal, porque está muito feliz hoje", dizia.
Ou "ele vai jogar bem, porque brigou com a mulher e está triste".
Tristes estamos nós.
Porque Gikovate não vai jogar mais.
Comentário para o Jornal da CBN desta sexta-feira, 14 de outubro de 2016, que você ouve aqui.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/