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Blog do Juca Kfouri

Palmeiras, fácil, fácil!

Juca Kfouri

17/09/2016 17h26

No provavelmente último Dérbi antes que o clássico complete 100 anos, o líder Palmeiras saiu na frente logo aos 4 minutos, quando Vilson espanou mal uma bola na área e Moisés a cabeceou entre as pernas de Cássio para fazer 1 a 0, diante de mais de 40 mil corintianos.


O Corinthians jogava com um "Bom dia" nas costas e o Alviverde lhe dava alegre boa tarde.

Daí para frente o Corinthians não criou absolutamente nada e o Palmeiras, sossegado, ainda teve outra chance, aos 40, em cabeçada fraca de Erik.

Jaílson não precisou fazer uma defesa e o Palmeiras, mesmo sem Vitor Hugo e Gabriel Jesus, causava na Arena Corinthians: o torcedor do setor mais caro do estádio fazia coro irado e mal-educado contra o presidente do clube.

Porque culpar o técnico, que é sempre o mais fácil, não cabia diante do desfile de mediocridade dos jogadores que vestiam a camisa alvinegra, para piorar sem seus dois laterais titulares, Fagner e Uendel.


No intervalo, em jogo de torcida única, essa estupidez, houve confusão com a PM.

Como quem não tem cão caça com gato, Lucca saiu e Romero entrou.

No Palmeiras, com cartão amarelo, Gabriel saiu para Thiago Santos jogar.

Começava o segundo tempo. Com a impressão de que se o Palmeiras forçasse, ampliaria.

Logo de cara Edu Dracena perdeu o segundo gol livre na área, mas cabeceou para fora.

Incapaz de armar uma jogada, o Corinthians chutava de qualquer jeito.

Não que o Palmeiras jogasse bem. O Palmeiras jogava certo, fazia o que precisava para manter a vantagem.

Aos 11, Moisés entrou driblando na área e Leandro Pereira chutou em cima de Cássio, na terceira chance clara desperdiçada pelo Palmeiras. Se o Gabriel Jesus estivesse em campo…

O Corinthians, para tentar não perder uma invencibilidade de 34 jogos e mais de um ano em seu campo, único mandante invicto no Brasleirão, trocou Cristian por Marquinhos Gabriel.

Cada bola pelo alto na área alvinegra encontrava uma cabeça alviverde para tocá-la.

Rafael Marques substituiu Dudu aos 24.

Aos 25, depois de uma sucessão de escanteios para o Corinthians, Jaílson fez sua primeira defesa no clássico, em cabeçada de Romero.

Léo Príncipe tomou o segundo amarelo e foi expulso aos 30.

No minuto seguinte, Mina, enfim, ampliou: 2 a 0 e fim de papo.

O pau voltou a quebrar na arquibancada, com torcedores enraivecidos tentando invadir o camarote da direção corintiana.

E Roger Guedes entrou no lugar de Leandro Pereira para dar sequência ao que virou um baile, com Erik perdendo mais um gol.

Fazia tempo que não se via um Dérbi tão fácil.

5 a 0 espelharia melhor o que foi o jogo, sem que o Palmeiras forçasse.

E o Flamengo pode fazer o que quiser do Figueirense amanhã porque o Palmeiras seguirá em primeiro lugar.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/