Galo aos trancos e barrancos; Flu na lama
Dois bons primeiros tempos no Rio e em Belo Horizonte.
No Giulite Coutinho, o Fluminense jogou como um mandante deve jogar, sem deixar a Chapecoense respirar.
Por isso fez 1 a 0 logo aos 4 minutos, com falta cobrada por Scarpa na cabeça de Cícero, e seguiu na pressão em busca do segundo gol, sem correr rigorosamente nenhum risco.
Já no Independência, o Sport jogou como um visitante deve jogar, sem temer o Galo e partindo para cima desde o começo.
Marcos Rocha se machucou e Gabriel saiu da zaga para lateral. Erazo entrou para fazer dupla com Leonardo Silva.
O rubro-negro era mais perigoso que o Galo até que, aos 39, o goleiro Magrão saiu mal da área para cortar um lançamento de Victor da área mineira, teve de usar as duas mãos, para evitar que Clayton ficasse com a bola, e foi expulso de campo.
Antes, Magrão havia impedido que Pratto abrisse o placar, na única chance mineira, contra duas pernambucanas.
O Sport ainda segurou o 0 a 0, mas faltava ainda todo o segundo tempo.
Como no Rio, onde, surpreendentemente, aos 8, a Chap desceu rapidamente e Dener empatou.
Lá foi o Flu tentar repor as coisas em seus lugares, mas esbarrava no goleiro Danilo e sofria com a criatividade de Cléber Santana, que entrou depois do intervalo, lançado por Caio Júnior.
Levir Culpi foi chamado de burro, com sorte?, ao trocar Marquinho por Henrique Dourado.
A Chap ameaçava nos contra-ataques e por pouco Lourency, que entrara no lugar de Arthur Maia, não virou o placar.
Em seis confrontos, era o segundo empate entre Flu e Chap, com quatro vitórias catarinenses. É mole?
Kempes saiu e Bruno Rangel entrou porque a Chap queria a quinta vitória…
Que veio!
Aos 43, em cobrança de escanteio por Cléber Santana, bola desviada no primeiro poste, e Lourency virou: 2 a 1.
O G4 permanece longe do Flu, que perdeu a invencibilidade no Giulite Coutinho e afunda na lama.
E a Chap se manteve longe da ZR, como faz não é de hoje, bem planejada que é.
Em BH, aos 12, Marcelo Oliveira pôs Casares no lugar de Clayton e, no minuto seguinte, Júnior Urso, de fora da área, abriu o marcador.
O Galo seguia nos calcanhares do Flamengo e do Palmeiras, reassumia o terceiro lugar e deixava o Santos em quarto.
Aos 25, livre, na cara do goleiro, Fred perdeu o gol mais feito do jogo, chutando no travessão.
Mas o Galo reinava absoluto e Carlos Eduardo substituiu Otero.
Só que, no fim, valente, por três vezes, o Sport ameaçou empatar.
O Galo segue no pelotão de frente, mas sem convencer.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/