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Blog do Juca Kfouri

Galo aos trancos e barrancos; Flu na lama

Juca Kfouri

15/09/2016 21h23

Dois bons primeiros tempos no Rio e em Belo Horizonte.

No Giulite Coutinho, o Fluminense jogou como um mandante deve jogar, sem deixar a Chapecoense respirar.

Por isso fez 1 a 0 logo aos 4 minutos, com falta cobrada por Scarpa na cabeça de Cícero, e seguiu na pressão em busca do segundo gol, sem correr rigorosamente nenhum risco.

Já no Independência, o Sport jogou como um visitante deve jogar, sem temer o Galo e partindo para cima desde o começo.

Marcos Rocha se machucou e Gabriel saiu da zaga para lateral. Erazo entrou para fazer dupla com Leonardo Silva.


O rubro-negro era mais perigoso que o Galo até que, aos 39, o goleiro Magrão saiu mal da área para cortar um lançamento de Victor da área mineira, teve de usar as duas mãos, para evitar que Clayton ficasse com a bola, e foi expulso de campo.

Antes, Magrão havia impedido que Pratto abrisse o placar, na única chance mineira, contra duas pernambucanas.

O Sport ainda segurou o 0 a 0, mas faltava ainda todo o segundo tempo.


Como no Rio, onde, surpreendentemente, aos 8, a Chap desceu rapidamente e Dener empatou.

Lá foi o Flu tentar repor as coisas em seus lugares, mas esbarrava no goleiro Danilo e sofria com a criatividade de Cléber Santana, que entrou depois do intervalo, lançado por Caio Júnior.

Levir Culpi foi chamado de burro, com sorte?, ao trocar Marquinho por Henrique Dourado.

A Chap ameaçava nos contra-ataques e por pouco Lourency, que entrara no lugar de Arthur Maia, não virou o placar.

Em seis confrontos, era o segundo empate entre Flu e Chap, com quatro vitórias catarinenses. É mole?

Kempes saiu e Bruno Rangel entrou porque a Chap queria a quinta vitória…

Que veio!

Aos 43, em cobrança de escanteio por Cléber Santana, bola desviada no primeiro poste, e Lourency virou: 2 a 1.

O G4 permanece longe do Flu, que perdeu a invencibilidade no Giulite Coutinho e afunda na lama.

E a Chap se manteve longe da ZR, como faz não é de hoje, bem planejada que é.

Em BH, aos 12, Marcelo Oliveira pôs Casares no lugar de Clayton e, no minuto seguinte, Júnior Urso, de fora da área, abriu o marcador.

O Galo seguia nos calcanhares do Flamengo e do Palmeiras, reassumia o terceiro lugar e deixava o Santos em quarto.

Aos 25, livre, na cara do goleiro,  Fred perdeu o gol mais feito do jogo, chutando no travessão.

Mas o Galo reinava absoluto e Carlos Eduardo substituiu Otero.

Só que, no fim, valente, por três vezes, o Sport ameaçou empatar.

O Galo segue no pelotão de frente, mas sem convencer.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/