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Blog do Juca Kfouri

Ponte tira o pé e não goleia o Corinthians. Mas da olé

Juca Kfouri

27/08/2016 17h56

Quando o primeiro tempo terminou em Campinas com um sol para cada jogador de Ponte Preta e Corinthians, o time e os torcedores do alvinegro da capital tinham por que agradecer ao deus dos estádios o placar de apenas 1 a 0, gol de Roger, aos 25 minutos.

Era para estar, no mínimo, 3 a 0, tal a superioridade do time campineiro desde o começo do jogo, vantagem que aumentou a partir dos 19 minutos quando Balbuena foi expulso por evitar, com um leve toque na cintura do atacante,  uma jogada de clara e manifesta oportunidade de gol de Roger.


Minutos antes ele havia desperdiçado uma chance de ouro ao chutar nas pernas de Cássio.

Até ficar com 10, o Corinthians parecia estar com nove, tal o domínio a que se submeteu, inofensivo ao extremo.

Depois da expulsão e do gol, então, a Macaca atacou, chutou bola na trave e o visitante se defendeu, com Pedro Henrique no lugar de Guilherme.

Quando o segundo tempo começou a expectativa era de goleada.


O gramado de Moisés Lucarelli já estava sombreado, Romero nele com a saída de Marquinhos Gabriel.

A possível goleada ganhou contornos de realidade quando, logo aos 5, Clayson fez belíssimo gol e ampliou para 2 a 0.

Ou o Corinthians "arrecuava os arfe, ou não evitaria a catástre". 

Diante de quase 9 mil pagantes, porém, e embora tenha permanecido dona do jogo, a Ponte parece não ter querido ser cruel e limitou-se a tentar mais um gol sem muito esforço, diante de um adversário caído e sem alternativas para reagir.

Lucca até entrou no lugar de Rodiguinho, mas, como sói acontecer no elenco corintiano, uma troca de seis por meia dúzia, tanto faz como tanto fez.

Restou ao torcedor campineiro se divertir ao acompanhar com olé a troca de passes da Macaca.

Ao corintiano ficou a sensação de que se livrou de uma tarde que poderia ter acabado em enorme humilhação.

Aos poucos, o Corinthians se vê diante de sua realidade e a Ponte Preta experimenta mais um bom trabalho do técnico Eduardo Batista, capaz de fazer ótimas campanhas em clubes de menor investimento.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/