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Blog do Juca Kfouri

A cara de Cristóvão Borges é o segundo tempo?

Juca Kfouri

09/07/2016 18h30

O Corinthians visitou a Arena Condá pela terceira vez e vinha de duas vitórias, por 1 a 0 e 3 a 1, nos dois últimos Brasileirões, com outra vitória por 1 a 0, em Araraquara, e um empate 1 a 1, em Itaquera.

E jogou o primeiro tempo como contra o Flamengo, permitindo que o adversário dominasse e tivesse as ações mais perigosas, uma, pelo menos, que exigiu grande defesa de Cássio.

A Chapecoense só foi ameaçada no fim dos 45 minutos iniciais e o 0 a 0 permaneceu, com o Corinthians sendo obrigado a trocar Pedro Henrique, com lesão muscular, por Yago.


Nem bem o segundo tempo começou e o levantador de bandeirinhas anulou erradamente um gol de Balbuena, de cabeça, em cobrança de falta por Uendel. Um absurdo!

O Corinthians jogava mais agressivamente, também como fizera contra o Flamengo, e dava as cartas ao marcar alto e não dar mais espaço ao adversário.

Aos 14, justiça! Mas com outro erro…

Depois de o Timão trocar passes, Rodriguinho recebeu na entrada da área, livrou-se de um zagueiro, e chutou colocado para abrir o placar e, eventualmente, livrar a cara do levantador de bandeirinha.

Não livrou porque Luciano estava em posição de impedimento e atrapalhou a visão do goleiro. Mas o assoprador de apito validou o gol. Erro menos grave que no caso do gol de Balbuena, porque interpretativo, mas erro.

Em seguida, Cristóvão Borge trocou Luciano por Danilo.

Será que a cara do novo treinador alvinegro está em segurar no primeiro tempo para matar o jogo no segundo?

Assim aconteceu no domingo passado, assim aconteceu neste sábado.

Guilherme entrou aos 27, no lugar de Giovanni Augusto e quase ampliou em seu primeiro lance, evitado pelo goleiro rival.

Por duas vezes o jogo foi interrompido: uma porque torcedores corintianos abriram uma faixa denunciando corrupção na CBF ("CBF da corrupção") e outra porque acenderam sinalizadores.


Não aprenderam nada com os palmeirenses que, em Curitiba, transformaram uma vitória palmeirense em empate porque paralisaram o jogo com sinalizadores.

Coincidência ou não, num jogo em que o Corinthians não corria riscos, aos 40, por pouco, a Chape não empatou. E a arbitragem deu sete minutos de acréscimos.

Só que quem marcou foi o Corinthians, aos 46, com Marquinhos Gabriel, deixado na cara gol por um passe sensacional de Fagner, diante de 11.615 torcedores.

O time de Cristóvão Borges repetia o de Mano Menezes, em 2014, e o de Tite, no ano passado,  em Chapecó.

Mas vencer lá é duríssimo, tanto que só o Alvinegro havia conseguido duas vitórias na Arena Condá, onde, nesta temporada, a Chape estava invicta.

Agora são três.

No Couto Pereira, com 10.922 pagantes, Coritiba e Botafogo empataram 0 a 0.

À noite, diante de 3.086 pagantes, a Ponte Preta de Eduardo Baptista, de virada, bateu o Sport por 2 a 1 no reencontro do técnico com seu ex-time e dorme no G4 no lugar do Santos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/