A cara de Cristóvão Borges é o segundo tempo?
O Corinthians visitou a Arena Condá pela terceira vez e vinha de duas vitórias, por 1 a 0 e 3 a 1, nos dois últimos Brasileirões, com outra vitória por 1 a 0, em Araraquara, e um empate 1 a 1, em Itaquera.
E jogou o primeiro tempo como contra o Flamengo, permitindo que o adversário dominasse e tivesse as ações mais perigosas, uma, pelo menos, que exigiu grande defesa de Cássio.
A Chapecoense só foi ameaçada no fim dos 45 minutos iniciais e o 0 a 0 permaneceu, com o Corinthians sendo obrigado a trocar Pedro Henrique, com lesão muscular, por Yago.
Nem bem o segundo tempo começou e o levantador de bandeirinhas anulou erradamente um gol de Balbuena, de cabeça, em cobrança de falta por Uendel. Um absurdo!
O Corinthians jogava mais agressivamente, também como fizera contra o Flamengo, e dava as cartas ao marcar alto e não dar mais espaço ao adversário.
Aos 14, justiça! Mas com outro erro…
Depois de o Timão trocar passes, Rodriguinho recebeu na entrada da área, livrou-se de um zagueiro, e chutou colocado para abrir o placar e, eventualmente, livrar a cara do levantador de bandeirinha.
Não livrou porque Luciano estava em posição de impedimento e atrapalhou a visão do goleiro. Mas o assoprador de apito validou o gol. Erro menos grave que no caso do gol de Balbuena, porque interpretativo, mas erro.
Em seguida, Cristóvão Borge trocou Luciano por Danilo.
Será que a cara do novo treinador alvinegro está em segurar no primeiro tempo para matar o jogo no segundo?
Assim aconteceu no domingo passado, assim aconteceu neste sábado.
Guilherme entrou aos 27, no lugar de Giovanni Augusto e quase ampliou em seu primeiro lance, evitado pelo goleiro rival.
Por duas vezes o jogo foi interrompido: uma porque torcedores corintianos abriram uma faixa denunciando corrupção na CBF ("CBF da corrupção") e outra porque acenderam sinalizadores.
Não aprenderam nada com os palmeirenses que, em Curitiba, transformaram uma vitória palmeirense em empate porque paralisaram o jogo com sinalizadores.
Coincidência ou não, num jogo em que o Corinthians não corria riscos, aos 40, por pouco, a Chape não empatou. E a arbitragem deu sete minutos de acréscimos.
Só que quem marcou foi o Corinthians, aos 46, com Marquinhos Gabriel, deixado na cara gol por um passe sensacional de Fagner, diante de 11.615 torcedores.
O time de Cristóvão Borges repetia o de Mano Menezes, em 2014, e o de Tite, no ano passado, em Chapecó.
Mas vencer lá é duríssimo, tanto que só o Alvinegro havia conseguido duas vitórias na Arena Condá, onde, nesta temporada, a Chape estava invicta.
Agora são três.
No Couto Pereira, com 10.922 pagantes, Coritiba e Botafogo empataram 0 a 0.
À noite, diante de 3.086 pagantes, a Ponte Preta de Eduardo Baptista, de virada, bateu o Sport por 2 a 1 no reencontro do técnico com seu ex-time e dorme no G4 no lugar do Santos.
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