Corinthians ganha do Santos jogando paciência contra tranca
O Corinthians tentou fritar o Peixe em fogo brando durante todo o primeiro tempo.
Criou alguns bons momentos, Luciano quase desencantou de cabeça, mas Vanderlei fez ótima defesa e Walter só teve que trabalhar uma vez, logo no começo do clássico.
Mas, embora insinuante e com boas trocas de bola pelo lado direito, gol que é bom o Corinthians não fez.
E o Santos, repleto de desfalques, atingia seu objetivo, ao jogar humildemente, consciente de suas limitações.
Estava bom para o Santos, embora há nove meses sem vencer como visitante.
Não estava para os anfitriões, há nove meses sem perder como tal.
Inteligente, Dorival Júnior voltou com Paulinho no lugar de Léo Citadini exatamente para dificultar o lado direito do rival, ele que pusera Renato para não dar folga a Guilherme.
O Santos jogava tranca e o Corinthians jogava paciência.
Quem via, discretamente, bocejava.
Aos 15, Tite trocou o ex-santista Marquinhos Gabriel por Lucca.
Vanderlei salvou o Santos novamente no minuto seguinte, em chute de Vilson quase na pequena área, diante de pouco mais de 30.187 torcedores.
Se o time santista parecia feliz com o empate, Dorival Júnior discordava ao tirar Elano e botar Joel, aos 23.
Aos 30, entraram Rodriguinho no lugar de Bruno Henrique e Maxi Rolón no lugar de Serginho, sinais de que os dois treinadores queriam um gol.
Tite ainda pôs André no lugar de Luciano, aos 35.
No minuto seguinte, Guilherme ergueu na área, Felipe desviou de cabeça para Cristian que, muito bem no jogo, tocou também de cabeça para Geovanni Augusto e, enfim, o gol: Corinthians 1 a 0, prêmio a quem buscou a vitória o tempo todo.
Mas não se diga que o Santos se enganou com a conquista do campeonato estadual.
A Seleção Brasileira é que enganou o Santos.
Santos que ficou mais com a bola no fim do jogo, mas sem ter como superar não um, mas os dois ônibus corintianos à frente da área.
No Arruda (16.951 pagantes), o Sport fez 1 a 0 com gol de Edmilson logo aos 10 minutos de jogo e acabou com a invencibilidade do Santa Cruz, além de ter jogado melhor que o rival.
E a Chape, nossa Leicester, em Curitiba (2.852 pagantes), enfiou 4 a 3 no Coritiba, com três gols de Bruno Rangel, que ainda sofreu um pênalti e, com Grafite, divide a artilharia com seis gols. Diga-se que a Chapecoense está no G4 e ganhou de presente um segundo pênalti em lance de jogo perigoso do ataque catarinense em que a bola bate na mão do zagueiro que protegia o rosto do pé alto do rival.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/