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Blog do Juca Kfouri

Fiel e Nação, visitantes indigestos pela manhã

Juca Kfouri

29/05/2016 13h01

Simultaneamente em Campinas (7.106 pagantes) e no Recife (16.331 pagantes) os donos da casa acertaram os travessões dos visitantes, aos 10 minutos no Moisés Lucarelli e aos 8 na Ilha do Retiro, porque o jogo entre Sport e Corinthians e Ponte Preta e Flamengo começaram com dois minutos de diferença.

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Roger foi quem atingiu o travessão do Fla e Edmilson acertou o do Corinthians.

O rubro-negro pernambucano sufocava o alvinegro paulistano e o alvinegro campineiro sufocava o rubro-negro carioca.

No interior de São Paulo os levantadores de bandeirinha acertaram e erraram duas vezes e o árbitro os corrigiu errado e corretamente ao validar dois gols, o de abertura (irregular) de Wellington  Paulista para a Macaca e, em seguida,  acertadamente, o gol contra de Felipe Azevedo, fazendo 1 a 1.

Já na capital de Pernambuco, Guilherme pôs Marquinhos Gabriel na cara do gol e ele se precipitou ao chutar para Magrão defender.

A resposta veio incontinenti, com ótima defesa de Walter em chute de fora da área de Serginho.

O Flamengo equilibrava o jogo e o Corinthians corria atrás.


Também simultanemente nos dois estádios, aos 41 e aos 39, Jorge fez um golaço na virada para o Flamengo ao pegar de primeira, da entrada da área, um rebote do goleiro João Carlos, e Walter salvava o primeiro gol do Sport, ao fazer milagre em cabeçada de Diego Souza.

Além dos dois erros corrigidos de arbitragem em Campinas e os 54 (37 do Sport) de passes no Recife, a meteorologia também errou: previa tempo nublado no interior e sol no litoral. Deu-se o inverso.

Quando os primeiros tempos acabaram a virada do Flamengo era justa e o Sport merecia mais que o 0 a 0.

O segundo tempo começou na hora certa em Campinas e seis minutos depois no Recife.

Aos 7, Magrão fez milagre em chute à queima-roupa de Marquinhos Gabriel, em nova chance do ex-santista para abrir o placar, depois de um passe de calcanhar, brilhante, de Guilherme.

Aos 17, pressionado, o Flamengo perdeu Fernandinho, expulso.

O sol aparecia no Recife, 27º C e ameaçava chover em Campinas, 18ºC, de refletores acesos ao meio dia e meia.

Saiu Luciano, entrou Lucca aos 17, tentativa de Tite diante do pouco que tem para mudar.

Trocados por miúdos, os dois jogos não valiam um. Futebol profissional pela manhã…

Aos 24, Giovanni Augusto pôs a bola na cabeça de Lucca e o atacante foi certeiro: 1 a 0!

O Flamengo resistia quase sem sofrer e o Corinthians conseguia o que parecia improvável.

Aos 33, em outro passe de Guilherme, Marquinhos Gabriel teve calma, esperou a bola ficar a feitio e encheu o pé para fazer belo gol: 2 a 0.

Marlone foi para o jogo e Giovanni Augusto, esgotado para o refresco.

Em câmera lenta, o Corinthians liquidava o time de Oswaldo de Oliveira, que o levou ao seu primeiro título mundial Fifa, em 2000.

E Muralha, nos acréscimos, salvava o Flamengo.

Os dois times mais populares do país conseguiam vitórias como visitantes.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/