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Blog do Juca Kfouri

Corinthians, com nove, perde jogo que esteve ganho

Juca Kfouri

09/03/2016 21h20

Aos seis minutos Cássio fez um milagre e evitou que o Cerro Porteño saísse na frente do Corinthians no Defensores del Chaco mais vazio do que cheio e com bom gramado.

Havia um menino paraguaio chamado Díaz que prometia daquelas noites complicadas para o Timão.

Mas não demorou muito, apenas outros seis minutos e Guilherme foi derrubado. 

  
Lucca bateu a falta e o goleiro Anthony Silva, aquele que ajudou a eliminar o Corinthians pelo Tolima, bateu roupa para que André pegasse o rebote e abrisse o placar: 1 a 0.

Querer mais nem precisava, embora aos 24 o mesmo André tenha carimbado a trave e no fim do primeiro tempo tenha perdido, de cabeça, um gol feito.

A defesa paraguaia mostrava muita fragilidade e só Díaz incomodava no ataque.

O Corinthians estava longe de brilhar, mas fazia o resultado que praticamente o colocava nas oitavas de final da Libertadores.

Quando o segundo tempo começou o time brasileiro até lembrou o que foi campeão brasileiro do ano passado, bola no chão, troca rápida de passes, num primeiro minuto promissor.

Mas no terceiro, bola cruzada na área, Beltrán subiu mais que Felipe e empatou.

  

Quatro minutos depois, André recebeu o segundo cartão amarelo por jogada perigosa, foi expulso e a coisa ficou feia, muito feia para o Corinthians.

O jogo que chegou a parecer mais fácil do que se imaginava, ficou complicado, muito complicado.

A tal ponto que Tite chamou Romero.

Aos 12, Cássio salvou o time novamente.

Aos 15, Romero substituiu Guilherme.

  
O Cerro Porteño tomava conta, mas, fraco, errava demais.

Por pouco, em cobrança de falta de Lucca para Yago, o zagueiro, lançado na cara do gol, não fez 2 a 1 aos 21.

Aos 27, Rodriguinho também foi expulso, por um carrinho que valeu o segundo cartão amarelo.

Pronto!

O Corinthians montou duas linhas de quatro e tentou estacionar o ônibus, sem dois pneus, na frente da área.

Não deu.

Aos 30, em bela troca de passes, Díaz cumpriu o que prometia e virou o jogo: 2 a 1.

Balbuena foi para o jogo, no lugar de Lucca, para evitar uma catástrofe e, quem sabe, numa bola parada, usar a altura para buscar o empate.

Aos 37, Felipe perdeu na dividida para Beltrán e o Cerro ampliou, na boa: 3 a 1.

Quatro minutos depois Yago foi empurrado na área paraguaia e o árbitro marcou o pênalti que Giovanni Augusto aproveitou: 3 a 2.

Era mais fácil o time paraguaio fazer o quarto gol que o brasileiro empatar, mas não aconteceu nem uma coisa nem outra.

O Corinthians perdeu pela segunda vez seguida, deixou a liderança do grupo para o Cerro Porteño e mostrou aquilo que sua torcida não queria ver: falta talento, e maturidade, ao time.

Anthony Silva segue invicto diante do Corinthians e o Defensores del Chaco, onde perdeu ano passado para o Guaraní, segue trazendo más lembranças.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/