Corinthians, com nove, perde jogo que esteve ganho
Aos seis minutos Cássio fez um milagre e evitou que o Cerro Porteño saísse na frente do Corinthians no Defensores del Chaco mais vazio do que cheio e com bom gramado.
Havia um menino paraguaio chamado Díaz que prometia daquelas noites complicadas para o Timão.
Mas não demorou muito, apenas outros seis minutos e Guilherme foi derrubado.
Lucca bateu a falta e o goleiro Anthony Silva, aquele que ajudou a eliminar o Corinthians pelo Tolima, bateu roupa para que André pegasse o rebote e abrisse o placar: 1 a 0.
Querer mais nem precisava, embora aos 24 o mesmo André tenha carimbado a trave e no fim do primeiro tempo tenha perdido, de cabeça, um gol feito.
A defesa paraguaia mostrava muita fragilidade e só Díaz incomodava no ataque.
O Corinthians estava longe de brilhar, mas fazia o resultado que praticamente o colocava nas oitavas de final da Libertadores.
Quando o segundo tempo começou o time brasileiro até lembrou o que foi campeão brasileiro do ano passado, bola no chão, troca rápida de passes, num primeiro minuto promissor.
Mas no terceiro, bola cruzada na área, Beltrán subiu mais que Felipe e empatou.
Quatro minutos depois, André recebeu o segundo cartão amarelo por jogada perigosa, foi expulso e a coisa ficou feia, muito feia para o Corinthians.
O jogo que chegou a parecer mais fácil do que se imaginava, ficou complicado, muito complicado.
A tal ponto que Tite chamou Romero.
Aos 12, Cássio salvou o time novamente.
Aos 15, Romero substituiu Guilherme.
O Cerro Porteño tomava conta, mas, fraco, errava demais.
Por pouco, em cobrança de falta de Lucca para Yago, o zagueiro, lançado na cara do gol, não fez 2 a 1 aos 21.
Aos 27, Rodriguinho também foi expulso, por um carrinho que valeu o segundo cartão amarelo.
Pronto!
O Corinthians montou duas linhas de quatro e tentou estacionar o ônibus, sem dois pneus, na frente da área.
Não deu.
Aos 30, em bela troca de passes, Díaz cumpriu o que prometia e virou o jogo: 2 a 1.
Balbuena foi para o jogo, no lugar de Lucca, para evitar uma catástrofe e, quem sabe, numa bola parada, usar a altura para buscar o empate.
Aos 37, Felipe perdeu na dividida para Beltrán e o Cerro ampliou, na boa: 3 a 1.
Quatro minutos depois Yago foi empurrado na área paraguaia e o árbitro marcou o pênalti que Giovanni Augusto aproveitou: 3 a 2.
Era mais fácil o time paraguaio fazer o quarto gol que o brasileiro empatar, mas não aconteceu nem uma coisa nem outra.
O Corinthians perdeu pela segunda vez seguida, deixou a liderança do grupo para o Cerro Porteño e mostrou aquilo que sua torcida não queria ver: falta talento, e maturidade, ao time.
Anthony Silva segue invicto diante do Corinthians e o Defensores del Chaco, onde perdeu ano passado para o Guaraní, segue trazendo más lembranças.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/