Libertadores: quando prognósticos são só palpites
Prognosticar, hoje, o que serão os jogos dos brasileiros na Libertadores, no ano que vem, não é diferente de palpitar.
Impossível saber como se darão as coisas até porque nem se sabe quem estará nos cinco representantes nacionais.
Uma coisa é certa: há duas temporadas não temos o que comemorar por aqui na Libertadores, que já mostrou, como o Mundial de Clubes Fifa, o quanto ficamos para trás.
Tolima, Guaraní, Mazembe, Raja Casablanca são exemplos todos muito recentes para vermos favoritismos brasileiros seja contra quem for.
O São Paulo, por exemplo, passando pela pré-Libertadores como é obrigatório, não só terá o River Plate pela frente como, pelo alto, o Strongest.
Nada autoriza achar que o Palmeiras se classificará num grupo com o Nacional, Rosario Central e, provavelmente, La U.,
O Galo terá o Colo-Colo e, provavelmente, o Guaraní que fez o que fez nesta Libertadores.
Já o Grêmio terá o San Lorenzo, a LDU e um time mexicano, o Toluca, sempre chato. Otimismo por quê?
Finalmente, mesmo o Corinthians, o melhor de todos os brasileiros, não só já se viu surpreendido por Tolima e Guaraní, como verá o que é bom para tosse no deserto do Atacama, na mina de cobre de El Salvador, no Chile, a 2300 metros de altitude, ao enfrentar o mais recente campeão chileno Cobresal, não confundir com o Cobreloa — o que decidiu a Libertadores com o Flamengo, quase 35 anos atrás.
E com o tradicional Cerro Porteño na parada, além de, provavelmente, o Santa Fé colombiano.
Nós, brasileiros, não aprendemos, seguimos nos achando, apesar de não sermos mais.
E o mundo sabe disso, pois não.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/