Topo

Blog do Juca Kfouri

Libertadores: quando prognósticos são só  palpites

Juca Kfouri

23/12/2015 14h45

Prognosticar, hoje, o que serão os jogos dos brasileiros na Libertadores, no ano que vem, não é diferente de palpitar.

Impossível saber como se darão as coisas até porque nem se sabe quem estará nos cinco representantes nacionais.

Uma coisa é certa: há duas temporadas não temos o que comemorar por aqui na Libertadores, que já mostrou, como o Mundial de Clubes Fifa, o quanto ficamos para trás.

  
Tolima, Guaraní, Mazembe, Raja Casablanca são exemplos todos muito recentes para vermos favoritismos brasileiros seja contra quem for.

O São Paulo, por exemplo, passando pela pré-Libertadores como é obrigatório, não só terá o River Plate pela frente como, pelo alto, o Strongest. 

Nada autoriza achar que o Palmeiras se classificará num grupo com o Nacional, Rosario Central e, provavelmente, La U.,

O Galo terá o Colo-Colo e, provavelmente, o Guaraní que fez o que fez nesta Libertadores.

Já o Grêmio terá o San Lorenzo, a LDU e um time mexicano, o Toluca, sempre chato. Otimismo por quê?

Finalmente, mesmo o Corinthians, o melhor de todos os brasileiros, não só já se viu surpreendido por Tolima e Guaraní, como verá o que é bom para tosse no deserto do Atacama, na mina de cobre de El Salvador, no Chile, a 2300 metros de altitude, ao enfrentar o mais recente campeão chileno Cobresal, não confundir com o Cobreloa — o  que decidiu a Libertadores com o Flamengo, quase 35 anos atrás.

E com o tradicional Cerro Porteño na parada, além de, provavelmente, o Santa Fé colombiano.

Nós, brasileiros, não aprendemos, seguimos nos achando, apesar de não sermos mais.

E o mundo sabe disso, pois não.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/