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Blog do Juca Kfouri

Com Oscar não dá!

Juca Kfouri

08/10/2015 22h26

Se no lugar de Oscar estivesse Lucas Lima o desempenho brasileiro em Santiago teria sido muito melhor.

Oscar não é frio, tem sangue de barata, o que é diferente.

É capaz de fazer o gol de honra da Seleção, o 1 contra os 7.

Mas não é capaz de fazer o 1 a 0 num jogo duro como contra o Chile.

   

 
Que teve um primeiro tempo equilibrado, quase morno, com o Chile mais perigoso, mas com a Seleção Brasileira sendo capaz  de jogar de igual para igual e de se fazer respeitar.

Aléxis Sanchez mandou uma bola na trave e Hulk mandou outra, no 0 a 0 dos 45 primeiros minutos.

No segundo tempo, com o Estádio Nacional sem silenciar um segundo, os chilenos foram para cima e Oscar desperdiçou duas ótimas chances, num contra-ataque e numa cobrança de falta na meia lua.

Era o Chile da bola de pé em pé e o Brasil do contra-ataque, com Elias preso na defesa, porque Dunga não conversa com Tite.

Douglas Costa jogava muito menos do que no Bayern Munique, seguramente porque Dunga não fala com Pep Guardiola, embora, reconheça-se, seus companheiros são muito melhores na Alemanha.

Lucas Lima permanecia no banco e não porqur Dunga nào conversa com Dorival Júnior, mas porque é teimoso como uma mula.

Willian levava pancada a cada descida e era o mais perigoso atacante brasileiro.

Valdivia esteve em campo, mas jogar que é bom, nada. E saiu aos 18.

O Chile chutou outra bola na trave e perdeu um gol incrível depois, aos 22.

O gol chileno amadurecia e o empate já agradava os brasileiros.

Aos 26, bola cruzada da direita em cobrança de falta, Vargas desvia e abre o placar, 1 a 0, com toda justiça.

Quinze anos sem vencer a Seleção Brasileira em 14 jogos começavam a ir para o espaço.

Aos 31, Ricardo Oliveira que, a exemplo de Lucas Lima, deveria ser titular, entrou no lugar de Hulk.

E Lucas Lima, no lugar de Luís Gustavo, aos 37. Tarde, mas melhor que nunca.

No fim, o Chile ainda fez 2 a 0, como se fosse linha de passe, com Sánchez.

Parabéns Feldman$Nero. A Seleção jamais havia perdido uma estreia em eliminatórias.

Notas:

Jefferson pegou todas as bolas fáceis e quase a difícil: 6

Daniel Alves começou muito bem, mas sumiu: 5,5

Miranda jogou bem como sempre, mas deve lamentar o primeiro gol chileno: 6

David Luiz esteve seguro e responsável até se machucar: 6,5

Marquinhos entrou bem, mas deve lamentar primeiro gol chileno: 6

Marcelo esbanjou arte e saúde, mas sem companhia: 6,5

Luís Gustavo,  o cão de guarda: 6

Elias, para jogar preso assim, melhor ficar descansando em São Paulo: 5

 Oscar, um fiasco: 3

Willian, o melhor brasileiro em campo: 7

Douglas Costa, não atou nem desatou: 6

Hulk, força e vontade. Só: 5,5

Ricardo Oliveira, em pouco tempo, mais que Hulk: 6

Lucas Lima: é até maldade botar um jogador como ele com tão pouco tempo: 5

Dunga: ainda não fez um time: 4

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/