Ricardo Oliveira destrói o Cruzeiro
Mineirão vazio e, é claro, o Cruzeiro sem Tostão e o Santos sem Pelé, reminiscências típicas de quem já viveu um futebol brasileiro de qualidade superior.
Também o time mineiro sem Leandro Damião e o paulista sem Geuvânio e sem Gabriel.
A Raposa em franca decadência e o Peixe em obstinada ascensão.
O bicampeão brasileiro, namorando a ZR e o campeão paulista em busca do G4.
O Cruzeiro dominava o primeiro tempo até que, no fim, Ricardo Oliveira mandou um tijolaço de fora da área e Fábio não conseguiu defender: 1 a 0.
Décimo-segundo gol do artilheiro do Brasileirão, um centroavante que a Seleção Brasileira esnoba, resta saber até quando, quem sabe se só até as eliminatórias, quando a vida apertar para a Casa Bandida do Futebol.
Para sorte do Cruzeiro, outro centroavante raro, Walter, do Furacão, tinha feito 1 a 0 contra o Goiás, o que evitava a entrada mineira na ZR.
Vanderlei Luxemburgo, de óculos com armação azul e camisa com listras da mesma cor, tirou seus dois Vinicius, o Araújo e o Marcos, para as entradas de Allano e Gabriel Xavier.
Porque sua situação de azul não tinha nada.
Aos 10, Dorival Júnior também mexeu, ao trocar o inútil Neto Berola por Leandro.
Com Lucas Lima comendo a bola mais uma vez, o Santos se aproximava do segundo gol e não corria riscos.
Até que Alisson, aos 13, fez o goleiro Vanderlei trabalhar e Allano perdeu o rebote.
Arrascaeta foi para o jogo no lugar de Henrique para tentar evitar a primeira vitória santista fora de casa e a torcida pedia raça porque parece claro que o time não joga por seu treinador.
Na verdade, o Cruzeiro tinha que agradecer as ausências de Geuvânio e Gabriel tantas eram chances em contra-ataques que o Santos desperdiçava.
E agradecer também a Walter que, de pênalti, ampliava para 2 a 0 a vantagem do Furacão sobre o Goiás, na Arena da Baixada.
O rubro-negro paranaense deixava o Fluminense para trás e ficava a apenas um ponto do São Paulo e do Palmeiras, no G4.
Com apenas 22 pontos, o Cruzeiro só não entra na ZR porque tem uma vitória a mais que Goiás e Coritiba.
Aos 39, Fabrício, que acabara de levar um cartão amarelo, foi expulso de campo por falta violenta.
Assim mesmo, a pequena torcida cruzeirense presente ao Mineirão (8.271 torcedores) não parava de incentivar o time, transformada em 11º jogador.
Mas não adiantou. E a torcida acabou o jogo se despedindo de Luxa…
Pela quarta vez o Cruzeiro perdia em casa enquanto Evandro marcava o terceiro gol do Atlético Paranaense: 3 a 0 em Curitiba.
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