Gracias, Barça!
A UEFA consegue fazer da final da Liga dos Campeões o que a NBA faz de suas decisões: um espetáculo!
Deve ser porque eles gostam de futebol e de basquete. E de ganhar dinheiro. Transparentemente.
Desta vez o palco foi o histórico Estádio Olímpico de Berlim.
E a Juventus começou forçando o erro do Barcelona duas vezes em 2 minutos.
Mas, aos 4, Neymar achou Iniesta dentro da área e deste a bola rolou suave para Rakitic fazer 1 a 0.
Daí em diante, só deu o time catalão.
Que, no entanto, não conseguia ampliar e tinha Lionel Messi apenas discreto e prisioneiro da marcação italiana.
Diapasão que não se alterou no segundo tempo, com Luisito Suárez sendo parado por Buffon duas vezes, até que, aos 9, em lindo contra-ataque, o rebote de uma virada de Calitos Tevez parou nos pés de Morata e o espanhol não desperdiçou: 1 a 1.
O velho quem não faz toma reaparecia majestoso em Berlim e a Juve passava a jogar melhor, minada que estava a confiança catalã.
Um outro jogo era disputado na Alemanha, para alegria da maioria bianco e nera presente ao estádio.
Não se tratava propriamente de um duelo entre Davi e Golias, mas tinha um pouco disso.
Mas, aí, aos 22, Lionel Messi apareceu esplendoroso, ao puxar um contra-ataque e soltar um petardo que Buffon rebateu nos pés de Suarez para fazer 2 a 1.
Em seguida, Neymar fez 3 a 1, com cabeça e com a mão, e a arbitragem turca anulou.
O jogo pegou fogo, equilibradíssimo, mas o Barça sobrava fisicamente e ainda punha Xavi para jogar, no lugar de Iniesta.
Que luxo! De um capitão para outro.
Pirlo fazia o diabo nas bolas paradas e Pogba não dava um segundo de sossego aos espanhóis.
Vidal, o chileno bom e marrento, esfalfado, saiu para entrada de Pereira, na Juve.
Os dois times mereciam a "Orelhuda", mas, pelo conjunto da obra, o pentacampeonato catalão merecia mais.
Só que o Barça voltou a desperdiçar as chances que criava muito mais.
Outro castigo?
Llorente entrou no lugar de Morata, aposta na bola aérea.
Evra também saiu e Coman entrou.
O Barça segurava a bola para ver se os 5 minutos de acréscimos passavam rapidamente.
Como seguro morreu de velho, Rakitic saiu e Mathieu entrou, para fechar.
Suarez, machucado, deu lugar a Pedro.
E no contra-ataque final, Neymar foi mortal para fazer 3 a 1, ao receber de Pedro.
O Barcelona tem u'a mão inteira de taças européias.
O futebol agradece.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/