Galo cai sob o Raja
Aos 21 e aos 31 minutos de jogo em Marrakech, o Galo teve duas chances claras de gol, uma com Jô, em jogada de Fernandinho com Lucas Cândido, e outra com Fernandinho, em chute cruzado.
O Raja Casablanca só respondeu aos 35, e exigindo uma defesa extraordinária de São Victor.
No embalo de sua gente, embora a mineira não ficasse tão atrás, a Águia Verde fazia o que podia.
Com calma, mas com Ronaldinho pouco participativo, o Galo buscava o gol de abertura.
Mas, aos 39, outra vez, agora em chute cruzado, cara a cara, os marroquinos desperdiçaram o 1 a 0.
O empate se mostrava justo ao fim do primeiro tempo, com sofrimento brasileiro, como de praxe em semifinais do Mundial de clubes.
E com 5 minutos do segundo tempo, em contra-ataque depois de um escanteio mal batido por Ronaldinho, o Raja fez o gol que os marroquinos e os cruzeirenses queriam.
Pronto! O drama estava instalado e só não ficou maior porque, no minuto seguinte, em novo contra-ataque, o anfitriões tiveram um gol anulado por impedimento.
Cuca pôs Leandro Donozetti no lugar de Josué, absolutamente perdido em campo, apesar de toda sua experiência de campeão mundial pelo São Paulo.
O sonho de "vingar" o Cruzeiro, batido pelo Bayern Munique na primeira tentativa celeste de ser campeão mundial, virava pesadelo, o mesmo vivido pelos colorados diante do Mazembe.
Não era a mesma coisa, mas vá convencer os adversários disso.
O pior é que os africanos estavam mais perto do segundo gol que os sul-americanos do empate.
Mas quem tem Ronaldinho Galucho para bater faltas, tem quase tudo, e em cobrança de infração cometida sobre Fernandinho, o gaúcho empatou aos 18, quando Luan acabara de entrar no lugar de Marcos Rocha.
Pronto! Tudo voltava mais ou menos ao normal.
A massa do Galo que calara, voltava a cantar, agora em altos brados, o hino do clube em Marrakech.
O jogo ficou com cara de virada, mas Ronaldinho, embora chamando o jogo para si, errava demais.
Jô não lembrava nem de longe o centroavante que Felipão chamou para a Seleção e os dois times começaram a pensar na prorrogação.
Melhor para o Bayern, que jogou ontem e pegaria um adversário com menos tempo de descanso e mais tempo de jogo.
A TV mostrava Pep Guardiola nas tribunas, sob 7 graus de temperatura.
Aos 37, novo contra-ataque e o árbitro espanhol inventou um pênalti de Réver.
Para quem se julga perseguido pela arbitragem no Brasil, o torcedor do Galo tem motivo, agora, para achar que a perseguição é mundial.
Alecsandro entrou no lugar de Lucas Cândido para tentar empatar, porque, desta vez, São Victor não fez milagre e o Raja fez 2 a 1.
No fim, fez 3 a 1.
Impressionante!
O Bayern comemora.
E Ronaldinho pode dar adeus definitivamente à Copa do Mundo de 2014.
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