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Blog do Juca Kfouri

Galo cai sob o Raja

Juca Kfouri

18/12/2013 18h34

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Aos 21 e aos 31 minutos de jogo em Marrakech, o Galo teve duas chances claras de gol, uma com Jô, em jogada de Fernandinho com Lucas Cândido, e outra com Fernandinho, em chute cruzado.

O Raja Casablanca só respondeu aos 35, e exigindo uma defesa extraordinária de São Victor.

No embalo de sua gente, embora a mineira não ficasse tão atrás, a Águia Verde fazia o que podia.

Com calma, mas com Ronaldinho pouco participativo, o Galo buscava o gol de abertura.

Mas, aos 39, outra vez, agora em chute cruzado, cara a cara, os marroquinos desperdiçaram o 1 a 0.

O empate se mostrava justo ao fim do primeiro tempo, com sofrimento brasileiro, como de praxe em semifinais do Mundial de clubes.

E com 5 minutos do segundo tempo, em contra-ataque depois de um escanteio mal batido por Ronaldinho, o Raja fez o gol que os marroquinos e os cruzeirenses queriam.

Pronto! O drama estava instalado e só não ficou maior porque, no minuto seguinte, em novo contra-ataque, o anfitriões tiveram um gol anulado por impedimento.

Cuca pôs Leandro Donozetti no lugar de Josué, absolutamente perdido em campo, apesar de toda sua experiência de campeão mundial pelo São Paulo.

O sonho de "vingar" o Cruzeiro, batido pelo Bayern Munique na primeira tentativa celeste de ser campeão mundial, virava pesadelo, o mesmo vivido pelos colorados diante do Mazembe.

Não era a mesma coisa, mas vá convencer os adversários disso.

O pior é que os africanos estavam mais perto do segundo gol que os sul-americanos do empate.

Mas quem tem Ronaldinho Galucho para bater faltas, tem quase tudo, e em cobrança de infração cometida sobre Fernandinho, o gaúcho empatou aos 18, quando Luan acabara de entrar no lugar de Marcos Rocha.

Pronto! Tudo voltava mais ou menos ao normal.

A massa do Galo que calara, voltava a cantar, agora em altos brados, o hino do clube em Marrakech.

O jogo ficou com cara de virada, mas Ronaldinho, embora chamando o jogo para si, errava demais.

Jô não lembrava nem de longe o centroavante que Felipão chamou para a Seleção e os dois times começaram a pensar na prorrogação.

Melhor para o Bayern, que jogou ontem e pegaria um adversário com menos tempo de descanso e mais tempo de jogo.

A TV mostrava Pep Guardiola nas tribunas, sob 7 graus de temperatura.

Aos 37, novo contra-ataque e o árbitro espanhol inventou um pênalti de Réver.

Para quem se julga perseguido pela arbitragem no Brasil, o torcedor do Galo tem motivo, agora, para achar que a perseguição é mundial.

Alecsandro entrou no lugar de Lucas Cândido para tentar empatar, porque, desta vez, São Victor não fez milagre e o Raja fez 2 a 1.

No fim, fez 3 a 1.

Impressionante!

O Bayern comemora.

E Ronaldinho pode dar adeus definitivamente à Copa do Mundo de 2014.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/