Festa na Bahia, terror no Rio, alívio no sul
Vinte segundos de jogo em Criciúma (18.539 presentes), Sueliton recebe a bola em flagrante impedimento, Lucas Evangelista se desequilibra e cai sobre o lateral catarinense para o árbitro marcar pênalti e Wellington Paulista fazer 1 a 0 contra o São Paulo.
Mais surpreendente ainda era o que acontecia no Mineirão cheio (47.999 pagantes) onde, aos 14 minutos, William Barbio pôs Marquinhos Gabriel, em posição duvidosa, na cara do gol e ele fez 1 a 0 contra o campeão Cruzeiro, que perdeu Ricardo Goulart e Everton Ribeiro ainda no primeiro tempo, machucados, trocados por William e Julio Baptista.
Curioso, não?
Poderosos são o Cruzeiro e o São Paulo, mas o primeiro, aparentemente, foi vítima de um gol em impedimento e o segundo, sem dúvida, foi prejudicado.
O Vasco fazia sua parte no Maracanã (48.077 pagantes), ao abrir o placar contra o Náutico logo aos 3 minutos, com Edemílson.
Mas como, no Couto Pereira (17.169 pagantes), no fim do primeiro tempo, Deivid fez 1 a 0 para o Coritiba contra o Botafogo, os cruzmaltinos foram para o intervalo na ZR, ao lado do Fluminense.
O Botafogo, vítima de um frangaço de Jefferson, ficava mais longe da Libertadores, dois gigantes cariocas caíam e o Flamengo ia empatando, no Barradão (25.148 pagantes) com o Vitória, que saiu na frente com Dinei (depois de ele ter perdido um pênalti) e tomou o empate em seguida, de Wallace.
A Lusa, em Campinas (2.390 pagantes), com gol de Henrique, vencia a Ponte Preta por 1 a 0 e quase dava adeus à ZR, enquanto o Bahia diante do Cruzeiro, dava mesmo.
A Macaca, rebaixada, jogava com os reservas, pensando no Lanús, e o Cruzeiro, campeão, pensava nas férias.
Vieram os segundos tempos em todos os estádios apinhados, exceção feita ao Moisés Lucarelli.
O Vitória, Libertadores ainda na mira, logo fez 2 a 1 com Maxi Biancucchi e o Cruzeiro passou a apertar o Bahia feito um torniquete.
Borges perdia gols para empatar e Fernandão perdeu outro, para ampliar e Marcelo Lomba pegava até pensamento.
Já Criciúma e São Paulo faziam um jogo morno, enquanto Hernane, baiano como Wallace, empatava para o Mengo, 2 a 2, no Barradão, empate prontamente respondido por Dinei, que fez 3 a 2 para o Vitória.
Mais tarde, Marquinhos, em ótimo campanha, fez 4 a 2 para o rubro-negro baiano contra o campeão da Copa do Brasil.
A Lusa ampliava em Campinas, com Wanderson, e Alex fazia 2 a 0 para o Coritiba, o que aliviava o Coxa e amargava a dupla carioca, embora Bruno Mendes, em seguida, diminuira para o Botafogo.
Até o Inter ainda corria um remotíssimo risco, embora precise de apenas um ponto, em casa, e contra a Ponte Preta.
No Rio, o Vasco fazia 2 a 0 no Timbu, com Bernard.
O que o Bahia sofria em Belo Horizonte nenhum filho da Boa Terra merecia. Mas se segurava, só os orixás sabem como.
Enquanto o Cruzeiro trocava passes, a massa azul gritava olé, porque o que ela queria mesmo era festejar, uai!
E festejou ainda mais quando, aos 39, Vinicius Araújo empatou, o que o obrigaria o Bahia a vencer o Flu na última rodada, na Fonte Nova, para não depender de outros resultados. Que drama!
Fábio ainda salvou o que poderia ser o segundo gol do tricolor baiano.
Mas, aos 45, no contra-ataque, depois de uma atrasada de Helder que Lomba salvou, Souza cruzou para Talisca pegar errado na bola e enganar Fábio.
O Bahia está salvo! Viva.
Nada que atrapalhe a festa cruzeirense.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/