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Blog do Juca Kfouri

Festa na Bahia, terror no Rio, alívio no sul

Juca Kfouri

01/12/2013 19h01

criciuma

Vinte segundos de jogo em Criciúma (18.539 presentes), Sueliton recebe a bola em flagrante impedimento, Lucas Evangelista se desequilibra e cai sobre o lateral catarinense para o árbitro marcar pênalti e Wellington Paulista fazer 1 a 0 contra o São Paulo.

Mais surpreendente ainda era o que acontecia no Mineirão cheio (47.999 pagantes) onde, aos 14 minutos, William Barbio pôs Marquinhos Gabriel, em posição duvidosa, na cara do gol e ele fez 1 a 0 contra o campeão Cruzeiro, que perdeu Ricardo Goulart e Everton Ribeiro ainda no primeiro tempo, machucados, trocados por William e Julio Baptista.

Curioso, não?

Poderosos são o Cruzeiro e o São Paulo, mas o primeiro, aparentemente, foi vítima de um gol em impedimento e o segundo, sem dúvida, foi prejudicado.

vasco

O Vasco fazia sua parte no Maracanã (48.077 pagantes), ao abrir o placar contra o Náutico logo aos 3 minutos, com Edemílson.

Mas como, no Couto Pereira (17.169 pagantes), no fim do primeiro tempo, Deivid fez 1 a 0 para o Coritiba contra o Botafogo, os cruzmaltinos foram para o intervalo na ZR, ao lado do Fluminense.

O Botafogo, vítima de um frangaço de Jefferson, ficava mais longe da Libertadores, dois gigantes cariocas caíam e o Flamengo ia empatando, no Barradão (25.148 pagantes) com o Vitória, que saiu na frente com Dinei (depois de ele ter perdido um pênalti) e tomou o empate em seguida, de Wallace.

coritiba

A Lusa, em Campinas (2.390 pagantes), com gol de Henrique, vencia a Ponte Preta por 1 a 0 e quase dava adeus à ZR, enquanto o Bahia diante do Cruzeiro, dava mesmo.

A Macaca, rebaixada, jogava com os reservas, pensando no Lanús, e o Cruzeiro, campeão, pensava nas férias.

Vieram os segundos tempos em todos os estádios apinhados, exceção feita ao Moisés Lucarelli.

O Vitória, Libertadores ainda na mira, logo fez 2 a 1 com Maxi Biancucchi e o Cruzeiro passou a apertar o Bahia feito um torniquete.

Borges perdia gols para empatar e Fernandão perdeu outro, para ampliar e Marcelo Lomba pegava até pensamento.

Já Criciúma e São Paulo faziam um jogo morno, enquanto Hernane, baiano como Wallace, empatava para o Mengo, 2 a 2, no Barradão, empate prontamente respondido por Dinei, que fez 3 a 2 para o Vitória.

Mais tarde, Marquinhos, em ótimo campanha, fez 4 a 2 para o rubro-negro baiano contra o campeão da Copa do Brasil.

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A Lusa ampliava em Campinas, com Wanderson, e Alex fazia 2 a 0 para o Coritiba, o que aliviava o Coxa e amargava a dupla carioca, embora Bruno Mendes, em seguida, diminuira para o Botafogo.

Até o Inter ainda corria um remotíssimo risco, embora precise de apenas um ponto, em casa, e contra a Ponte Preta.

No Rio, o Vasco fazia 2 a 0 no Timbu, com Bernard.

O que o Bahia sofria em Belo Horizonte nenhum filho da Boa Terra merecia. Mas se segurava, só os orixás sabem como.

Enquanto o Cruzeiro trocava passes, a massa azul gritava olé, porque o que ela queria mesmo era festejar, uai!

E festejou ainda mais quando, aos 39, Vinicius Araújo empatou, o que o obrigaria o Bahia a vencer o Flu na última rodada, na Fonte Nova, para não depender de outros resultados. Que drama!

Fábio ainda salvou o que poderia ser o segundo gol do tricolor baiano.

Mas, aos 45, no contra-ataque, depois de uma atrasada de Helder que Lomba salvou, Souza cruzou para Talisca pegar errado na bola e enganar Fábio.

O Bahia está salvo! Viva.

Nada que atrapalhe a festa cruzeirense.

bahia

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/