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Blog do Juca Kfouri

Cruzeiro repete a façanha de 2003

Juca Kfouri

13/11/2013 21h52

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O Cruzeiro já pisou no Barradão (27.168 pagantes) como campeão de 2013.

Porque ainda no primeiro tempo, em Criciúma(9.206 pagantes), o Tigre batia o Furacão por 2 a 0, com gols de Fábio Ferreira e Wellington Paulista, de pênalti.

A torcida cruzeirense recebeu seu time em Salvador sob o coro de tricampeão e este é o papel do torcedor, embora este blog não considere o título que o revelou para o mundo, o da Taça Brasil de1966, como equivalente ao do Campeonato Brasileiro.

Vale dizer que o título deste ano, como o de 2003, é daqueles que nem o atleticano mais fanático pode contestar, tamanha a superioridade celeste.

Além de interromper nove anos de conquistas do eixo Rio-São Paulo.

Em bom português: o Cruzeiro é o primeiro campeão brasileiro em pontos corridos e o último.

E quando, no segundo tempo, o Furacão diminuiu em Santa Catarina, num golaço de Paulo Baier, aos 15, William tratou de botar os bicampeões na frente na Bahia.

O Cruzeiro voltou para o segundo tempo ainda mais campeão, porque o jogo em Criciúma terminara, com o time da casa fora da ZR e o Cruzeiro fora do alcance do Furacão.

Como terminara um triste 0 a 0 entre Botafogo (agora fora do G4) e Portuguesa, no Maracanã (7.654 pagantes) e os primeiros tempos não menos infelizes, também sem gols, entre São Paulo e Flamengo, em Itu (15.636 pagantes), e Coritiba e Corinthians, em Curitiba, 17.416 pagantes.

Sim, a noite era só do Cruzeiro e dos protestos do Bom Senso FC, para a CBF deixar de se fazer de tonta, antes que acabe nocauteada.

Nem mesmo a ameaça de punição amedrontou os jogadore em Itu, quando são paulinos e flamenguistas ficaram enrolando com a bola por mais tempo que gastariam de braços cruzados.

Verdade que logo no recomeço do jogo em Itu o São Paulo fez 1 a 0, com Rogério Ceni, de pênalti sofrido por Luís Fabiano e cometido por Elias e, depois, André Santos fez uma lambança, Ganso se aproveitou e deu para Ademílson fazer 2 a 0.

Em Curitiba, para desespero coxa, Guilherme, como se fosse o homem surpresa Paulinho, em jogada de Romarinho, pôs o Corinthians na frente e Walter tratou de garantir a vitória.

O Vitória se aproveitou do natural relaxamento dos campeões e empatou com Dinei.

Para quê?

Em dois lances de bola de pé em pé, Julio Baptista e Ricardo Goulart fizeram 3 a 1 porque campeão que é campeão não empata, ganha.

Como se sabe, existe um grande time no país.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/