Timão faz gol depois de 469 minutos, ganha no sufoco e fica confortável
Quando a fase não é boa, acontece de tudo um pouco, ou de tudo muito.
E em meio da pressão corintiana, em Itu (14.788 pagantes) mesmo meio desordenada, com o Criciúma fazendo das tripas coração para não levar o gol, o goleiro Cássio sofreu um estiramento na coxa ao repor a bola em jogo com as mãos aos 22 minutos de jogo, quando o time catarinense já equilibrava as iniciativas.
O melhor jogador corintiano nesta fase ruim, um dos heróis da Libertadores e o melhor em campo na decisão do Mundial, teve de sair para a entrada de Walter, uma estreia no fogo do goleiro que veio do rebaixado União Barbarense no Paulistinha deste ano e sofreu 28 gols em 14 jogos.
O Corinthians mostrava afobação na área adversária e, estranhamente, as bolas paradas ficavam por conta de Pato e não de Douglas.
Pato errava uma atrás da outra, seis de sete, no total, no primeiro tempo, que ficou em mais um opaco 0 a 0.
Estava complicado, como era previsível.
Renato Augusto entrou depois de longo e tenebroso inverno no lugar de Alessandro.
Douglas voltou a ser o homem da bola parada e, na primeira que bateu, aos 10, cobrou tão mal como Pato.
Vai ver era por isso…
Não, não era.
Porque quatro minutos depois, Douglas bateu escanteio pela esquerda na cabeça de Pato e deu certo: 1 a 0!
O corintano soltava o grito há tanto tempo preso na garganta, precisamente há 469 minutos, quatro jogos e 109 minutos.
O estreante Walter, aos 30, chamado a intervir, foi bem, muito bem, em chute de Marlon, frontal, da entrada da área.
Em seguida, Tite pôs Igor no lugar de Fábio Santos, esgotado.
É claro que o Corinthians tinha que levar um certo sufoco e o bom Lins teve, de cabeça, chance clara para empatar, mas errou.
E Pato, que fique claro, apesar do gol fundamental para deixar o Corinthians a agora confortáveis oito pontos da ZR, não jogou um dos 40 milhões que custou.
Resumo da ópera?
Foi daqueles jogos que precisavam ser vencidos.
O Corinthians venceu.
Foi só, mas foi tudo.
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