Santos sem dó nem piedade
Quando se diz que o Náutico já entregou os pontos é por essas coisas: com menos de um minuto de jogo no Recife a zaga pernambucana entregou um presente para Thiago Ribeiro abrir o placar, diante de 5.452 torcedores.
O mesmo Timbu que na Vila Belmiro complicara a vida do Peixe dava de bandeja o primeiro gol ao adversário e a partir daí tudo seria ainda mais difícil e desanimador.
Vinte minutos depois, Cícero avançou desde o meio de campo até as imediações da área e chutou de fora sem que ninguém o marcasse do começo ao fim da jogada: 2 a 0, fácil, completamente fácil.
Estava aberto o caminho da goleada quem dois minutos depois, tomou contornos mais definitivos.
Bola cruzada na área pernambucana, o zagueirão azula a bola e Everton Costa consegue subir mais com a cabeça do que o goleiro com as mãos: 3 a 0.
Em seguida, mas em seguida mesmo, o quarto gol, pela direita, de Cicinho.
Pagaria o Náutico pelo que o Barcelona fizera?
Com 26 minutos, já tinha torcedor indo embora do estádio, a Arena da Armadilha que substituiu Estádio dos Aflitos para derrubar o Timbu para Série B.
Quem foi embora não viu, aos 5 do segundo tempo, um belo gol de Maikon Leite, que resolveu desencantar exatamente quando já não adiantava mais nada.
Além do gol de honra, era também o mais bonito dos cinco no jogo.
Mas que mexeu com o que estava quieto, porque tirou o Santos da letargia, o que, em 20 minutos, rendeu três claras chances para aumentar a goleada.
Só no fim, Cícero fez mais um para fechar o show de gols.
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