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Blog do Juca Kfouri

Não tem pelo em ovo, uai!

Juca Kfouri

16/10/2013 20h47

No clássico entre o atual e o futuro campeões brasileiros, no Mineirão, o Cruzeiro começou no ritmo de quem queria mostrar que as duas derrotas seguidas não passavam de naturais acidentes de percurso.

E logo depois de Evérton Ribeiro ter aplicado dos mais sensacionais dribles deste Brasileirão ao dar uma caneta, de costas, e de calcanhar, em Aílton. daqueles que valem pelo espetáculo, Borges fez 1 a 0, aos 17, aproveitando-se, mesmo caindo, de jogada de Ricardo Goulart.

Mantivesse o mesmo padrão, e o Cruzeiro aumentaria o placar, diante de  31.564 pagantes.

Mas o gol mineiro foi a senha para o Fluminense ir à frente e tanto Rafael Sóbis, da entrada da área, quando Samuel, na pequena área, tiveram a chance do empate, este segundo lance simplesmente imperdoável.

Com sete minutos do segundo tempo, Marcelo Oliveira tirou Egídio para entrada de Ceará.

Luxemburo já tinha feito todas as trocas possíveis no Flu: ainda aos 20 minutos de jogo Felipe teve de substituir Wagner, machucado e, no intervalo, o irritado profexô, tirou Aílton e Rafinha para pôr Igor Julião e Rhayner.

Aí, aos 11, foi a vez de Ricardo Goulart desperdiçar uma chance maior que a diferença entre o Cruzeiro e o Botafogo.

Aos 19, foi a vez de Dagoberto ir para o lugar de Borges, com dores.

O Cruzeiro não era o mesmo de sempre, mas mantinha o jogo sob absoluto contrôle e mais perto de seu segundo gol que do empate.

Mas foi Samuel que, aos 28, quase empatou, agora numa cabeçada certeira que Fábio foi buscar miraculosamente.

Comentaristas adoram dizer, por motivos que apenas desafiam a lógica, que 2 a 0 é um resultado perigoso.

Garante-se, aqui, que 1 a 0 é muito mais.

Ficam menos perigosos, porém, quando quem está perdendo fica reduzido a 10 jogadores, como mais uma vez aconteceu com o Flu, pois Sóbis foi expulso aos 31.

O Flu buscaria repetir o que fez contra o Grêmio, com a diferença não só de não estar em casa como de o Cruzeiro não recuar como o tricolor gaúcho.

E não é que Samuel perdeu outro feito em rebote de Fábio, aos 38?

William saiu e entrou Élber.

Mas se tinha quem procurasse pelo em ovo como certos blogueiros, é melhor que tire o cavalinho da chuva.

O Cruzeiro segue impávido colosso.

E o Flu fez a quina negativa, cinco jogos sem vitória.

Mais: reflexo do nervosismo irresponsável que vem do banco, Felipe, experiente, foi expulso depois do fim do jogo, ao reclamar sabe-se lá de quê.

Na Vila Belmiro (3.486 pagantes), depois de um primeiro tempo opaco, o jogo entre Santos e Inter foi interrompido aos 20 minutos do segundo, por falta de luz.

E ficou num pálido 0 a 0.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/