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Blog do Juca Kfouri

E o campeão ganhou! O Botafogo também

Juca Kfouri

26/10/2013 19h09

Nova exibição do Cruzeiro.

Como as de outro dia mesmo, no Brasileirão que o time celeste volta a vencer depois de uma década.

A vítima foi o Criciúma e o palco, o Mineirão, com muita gente.

Antes da metade do primeiro tempo a parada já estava aparentemente resolvida, com o 2 a 0 construído por um gol de Éverton Ribeiro e outro de Dagoberto, de primeira, em passe de letra de Éverton Ribeiro, dentro da área, pintura, que Dirceu Lopes e Tostão assinariam, assim como Jairzinho e Palhinha ou Alex e Deivid.

Mas, aos 33, João Vitor bateu falta com perfeição e diminuiu, dando sobrevida ao Criciúma que, até então, havia criado apenas uma situação perigosa e conjurado umas cinco, tal o domínio mineiro, que ainda mandou uma bola na trave.

Futebol é futebol, o Cruzeiro seguiu mandando no jogo só que, aos 43, em novo contra-ataque, Lins empatou, silenciando o Mineirão.

E acredite se quiser, aos 45, em belíssima jogada tramada pelo time catarinense, a bola cruzada da direita encontrou o pé certeiro de Ricardinho que, simplesmente, virou o resultado.

O campeão ia ter trabalho no segundo tempo.

Trabalho que o apitador facilitou ao dar um segundo cartão amarelo tão exagerado a Suéliton, logo aos 4 minutos, e deixar o Criciúma com 10, num lance em que nem falta aconteceu.

Argel recompôs a defesa com Ezequiel no lugar de Ivo e Marcelo Oliveira pôs Mayke e Júlio Baptista nos lugares de Ceará e Henrique, para atacar.

Não demorou para Borges, aos 12 empatar.

O Mineirão que não negou apoio na volta para o segundo tempo, enlouqueceu.

O Cruzeiro já tinha sido melhor até quando tomara a virada e, é claro, tem um time incomparavelmente melhor que o do Tigre, mas recebera uma ajuda de que talvez nem precisasse.

Onze contra dez, o jogo deixou de ser Raposa contra Tigre, mas de gato e rato.

Só o rato era o Jerry, disposto a aprontar com o Tom.

William saiu e entrou Élber, o garoto cruzeirense, aos 27.

Três minutos depois, no jogo do inesperado, o inevitável também aconteceu e Élber pôs na cabeça para Borges virar, desempatar, tirar a camisa para comemorar, receber seu cartãozinho, mas, e daí?, marcar o 4 a 3.

A festa do Palestra mineiro, na noite de BH, era bem mais ruidosa que a do Palestra paulista, à tarde, no Pacaembu.

Aos 38, para alegria de mais de 40 mil torcedores, 38.378 pagantes, Dagoberto foi agarrado na área e ele mesmo fez o quinto gol do campeão brasileiro de 2013.

O sexto gol, que seria belíssimo, só não veio nos acréscimos por preciosismo numa cavadinha que a zaga defendeu.

Enquanto isso, no Maracanã, 6.472 pagantes (10.743 presentes), depois de um primeiro tempo chocho, o Botafogo que tinha a missão de esquecer a goleada que o tirou da Copa do Brasil, abria o placar no começo do segundo tempo, com Júlio César.

O Galo pressionou, mas o Glorioso venceu e era só do que precisava.

 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/