E o campeão ganhou! O Botafogo também
Nova exibição do Cruzeiro.
Como as de outro dia mesmo, no Brasileirão que o time celeste volta a vencer depois de uma década.
A vítima foi o Criciúma e o palco, o Mineirão, com muita gente.
Antes da metade do primeiro tempo a parada já estava aparentemente resolvida, com o 2 a 0 construído por um gol de Éverton Ribeiro e outro de Dagoberto, de primeira, em passe de letra de Éverton Ribeiro, dentro da área, pintura, que Dirceu Lopes e Tostão assinariam, assim como Jairzinho e Palhinha ou Alex e Deivid.
Mas, aos 33, João Vitor bateu falta com perfeição e diminuiu, dando sobrevida ao Criciúma que, até então, havia criado apenas uma situação perigosa e conjurado umas cinco, tal o domínio mineiro, que ainda mandou uma bola na trave.
Futebol é futebol, o Cruzeiro seguiu mandando no jogo só que, aos 43, em novo contra-ataque, Lins empatou, silenciando o Mineirão.
E acredite se quiser, aos 45, em belíssima jogada tramada pelo time catarinense, a bola cruzada da direita encontrou o pé certeiro de Ricardinho que, simplesmente, virou o resultado.
O campeão ia ter trabalho no segundo tempo.
Trabalho que o apitador facilitou ao dar um segundo cartão amarelo tão exagerado a Suéliton, logo aos 4 minutos, e deixar o Criciúma com 10, num lance em que nem falta aconteceu.
Argel recompôs a defesa com Ezequiel no lugar de Ivo e Marcelo Oliveira pôs Mayke e Júlio Baptista nos lugares de Ceará e Henrique, para atacar.
Não demorou para Borges, aos 12 empatar.
O Mineirão que não negou apoio na volta para o segundo tempo, enlouqueceu.
O Cruzeiro já tinha sido melhor até quando tomara a virada e, é claro, tem um time incomparavelmente melhor que o do Tigre, mas recebera uma ajuda de que talvez nem precisasse.
Onze contra dez, o jogo deixou de ser Raposa contra Tigre, mas de gato e rato.
Só o rato era o Jerry, disposto a aprontar com o Tom.
William saiu e entrou Élber, o garoto cruzeirense, aos 27.
Três minutos depois, no jogo do inesperado, o inevitável também aconteceu e Élber pôs na cabeça para Borges virar, desempatar, tirar a camisa para comemorar, receber seu cartãozinho, mas, e daí?, marcar o 4 a 3.
A festa do Palestra mineiro, na noite de BH, era bem mais ruidosa que a do Palestra paulista, à tarde, no Pacaembu.
Aos 38, para alegria de mais de 40 mil torcedores, 38.378 pagantes, Dagoberto foi agarrado na área e ele mesmo fez o quinto gol do campeão brasileiro de 2013.
O sexto gol, que seria belíssimo, só não veio nos acréscimos por preciosismo numa cavadinha que a zaga defendeu.
Enquanto isso, no Maracanã, 6.472 pagantes (10.743 presentes), depois de um primeiro tempo chocho, o Botafogo que tinha a missão de esquecer a goleada que o tirou da Copa do Brasil, abria o placar no começo do segundo tempo, com Júlio César.
O Galo pressionou, mas o Glorioso venceu e era só do que precisava.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/