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Blog do Juca Kfouri

Antônio Carlos salva o São Paulo no fim

Juca Kfouri

05/10/2013 22h37

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O jogo no Morumbi, com 22.252 torcedores, começou como o São Paulo queria, com um gol logo de cara de Antônio Carlos, de cabeça, em cobrança de escanteio de PH Ganso.

Mas a fase é tão ruim que o tricolor ficou mais nervoso com o gol que fez do que o Vitória, que tomou.

Melhor em campo, o rubro-negro levou perigo e acabou por ver Rogério Ceni, tão intranquilo como os demais companheiros, fazer um pênalti tolo em Dinei.

Se já não bastasse enfrentar o time de Ney Franco, eis que o também ex-tricolor Juan bateu o pênalti e empatou, depois de escorregar e bater a falta em dois toques, para desespero, com razão, de Ceni, que já havia reclamado, sem razão, da marcação da penalidade.

Só aos 7 minutos do segundo tempo o São Paulo teve outra chance de gol e o sofrimento parecia interminável, embora o tricolor jogasse bem melhor do que na etapa inicial e dava motivo para o torcedor acreditar.

O torcedor, daí, cantava e apoiava.

Até que Ademílson deu um passe precioso para Luís Fabiano entrar pela direita e num chute cruzado botar o São Paulo de novo na frente, aos 20.

Era justo para os donos da casa e o castigo que os visitantes mereciam por ter recuado.

Prova disso é que, três minutos depois, no novo esforço baiano, uma jogada toda errada resultou em novo empate, de Dinei.

Em seguida, o jogo lá e cá, o Vitória desperdiçou o terceiro gol e o São Paulo, duas vezes, também.

De novo os baianos cederam, mas nem tanto, e o São Paulo pressionou intensamente.

Na mesma medida do sofrimento, porque o resultado era muito ruim, ainda mais antes de enfrentar o Cruzeiro na próxima rodada.

Aos 40, inexplicável e novamente, Rogério Ceni bateu falta em jogada ensaiada para um companheiro, em vez de batê-la diretamente, que é o seu forte.

Mas quase em seguida, Antonio Carlos fez seu segundo gol no jogo, o terceiro e salvador do tricolor, num bololô na área em que todo mundo fez falta em todo mundo e a vida seguiu normalmente.

O jogo foi até os 51 minutos porque sofrimento é sofrimento.

A pressão agora é no Vasco.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/