Rogério Ceni impede goleada em Munique
O São Paulo resistiu, só Rogério Ceni sabe como, bravamente durante todo o primeiro tempo ao assédio do Bayern Munique.
Fechado como contra o Corinthians, mas diante de um time que cansou de penetrar em sua defesa ao contrário do rival paulista, o São Paulo aceitou o jogo de gato e rato e ameaçou apenas uma vez a meta alemã, com Aloísio.
Já o Bayern, com 74% de posse de bola, chutou 16 vezes ao gol tricolor, três delas bem neutralizadas por Rogério, além de uma bola que Tolói salvou na linha fatal.
Mesmo em começo de temporada, o time bávaro reinou no gramado e mereceu pelo menos dois gols de vantagem.
Mas, seja como for, titulares x titulares ficaram no 0x0.
Para o segundo tempo houve duas trocas imediatas: de Osvaldo por Ganso e de Pizarro por Mandzukic.
Em seguida, aos 8, saiu Jadson e entrou Ademílson.
No minuto seguinte, Robben cruzou, Edson Silva, que havia substituído Paulo Miranda, machucado, logo com 12 minutos no primeiro tempo, desviou a bola e tirou Tolói da jogada, para Mandzukic abrir o placar: 1 a 0.
Aí, Rodrigo Caio deu lugar a Maicon.
Porteira aberta, Robben saiu e Thomaz Müller entrou, passaria uma boiada?
Os brasileiros seguiram fechadinhos, como time pequeno, e a bola tinha os donos da casa como donos dela também.
Aos 17, fim de jogo, com trocas a granel, como é comum neste tipo de torneio
Fabrício saiu e Lucas Evangelista, além de três mudanças simultâneas no Bayern e mais outra em seguida.
Lucas Farias no lugar de Douglas e Lucas Silva no de Tolói.
Só de Lucas o São Paulo tinha três no gramado de Munique: Evangelista, Farias e Silva.
Uma lucura!
O BM trocou mais dois, pensando na decisão da taça amanhã, contra o Manchester City que fez 5 a 0 em 35 minutos no Milan e depois sofreu três gols.
Mesmo assim, Mandzukic obrigou Rogério a fazer mais uma grande defesa.
Silvinho também foi para o jogo no lugar de Aloísio, sétima mudança tricolor, como fez também o BM.
No fim, depois de um rebote da trave, os alemães ampliaram para 2 a 0, com Weiser.
Mas Boateng empurrou Silvinho na área, o árbitro alemão não foi patriota, deu o penal, Rogério bateu, Neuer esperou a cobrança e desviou a bola que foi à trave. Uma pena!
Rogério ainda teve chance de fazer nova bela intervenção.
O que Paulo Autuori concluiu?
Que não levou uma goleada porque o BM ainda está descalibrado e porque Rogério Ceni, dando entrevistas em inglês impecável, não deixou.
Mas do Milan dá para ganhar.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/