Topo

Blog do Juca Kfouri

Rogério Ceni impede goleada em Munique

Juca Kfouri

31/07/2013 17h23

O São Paulo resistiu, só Rogério Ceni sabe como, bravamente durante todo o primeiro tempo ao assédio do Bayern Munique.

Fechado como contra o Corinthians, mas diante de um time que cansou de penetrar em sua defesa ao contrário do rival paulista, o São Paulo aceitou o jogo de gato e rato e ameaçou apenas uma vez a meta alemã, com Aloísio.

Já o Bayern, com 74% de posse de bola, chutou 16 vezes ao gol tricolor, três delas bem neutralizadas por Rogério, além de uma bola que Tolói salvou na linha fatal.

Mesmo em começo de temporada, o time bávaro reinou no gramado e mereceu pelo menos dois gols de vantagem.

Mas, seja como for, titulares x titulares ficaram no 0x0.

Para o segundo tempo houve duas trocas imediatas: de Osvaldo por Ganso e de Pizarro por Mandzukic.

Em seguida, aos 8, saiu Jadson e entrou Ademílson.

No minuto seguinte, Robben cruzou, Edson Silva, que havia substituído Paulo Miranda, machucado, logo com 12 minutos no primeiro tempo, desviou a bola e tirou Tolói da jogada, para Mandzukic abrir o placar: 1 a 0.

Aí, Rodrigo Caio deu lugar a Maicon.

Porteira aberta, Robben saiu e Thomaz Müller entrou, passaria uma boiada?

Os brasileiros seguiram fechadinhos, como time pequeno, e a bola tinha os donos da casa como donos dela também.

Aos 17, fim de jogo, com trocas a granel, como é comum neste tipo de torneio

Fabrício saiu e Lucas Evangelista, além de três mudanças simultâneas no Bayern e mais outra em seguida.

Lucas Farias no lugar de Douglas e Lucas Silva no de Tolói.

Só de Lucas o São Paulo tinha três no gramado de Munique: Evangelista, Farias e Silva.
Uma lucura!

O BM trocou mais dois, pensando na decisão da taça amanhã, contra o Manchester City que fez 5 a 0 em 35 minutos no Milan e depois sofreu três gols.

Mesmo assim, Mandzukic obrigou Rogério a fazer mais uma grande defesa.

Silvinho também foi para o jogo no lugar de Aloísio, sétima mudança tricolor, como fez também o BM.

No fim, depois de um rebote da trave, os alemães ampliaram para 2 a 0, com Weiser.

Mas Boateng empurrou Silvinho na área, o árbitro alemão não foi patriota, deu o penal, Rogério bateu, Neuer esperou a cobrança e desviou a bola que foi à trave. Uma pena!

Rogério ainda teve chance de fazer nova bela intervenção.

O que Paulo Autuori concluiu?

Que não levou uma goleada porque o BM ainda está descalibrado e porque Rogério Ceni, dando entrevistas em inglês impecável, não deixou.

Mas do Milan dá para ganhar.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/