Copa, Recopa, Trecopa: tem taça, tem Timão!
Só o Corinthians jogou durante todo o primeiro tempo no Pacaembu tomado pela Fiel.
O São Paulo fez faltas em cima de faltas para tentar segurar o rival.
E era o São Paulo quem precisava vencer para evitar que o Corinthians ganhasse mais uma taça.
Conseguiu até certo ponto e antes de Romarinho abrir o placar, num bate-rebate na área tricolor aos 35 minutos, apenas uma vez, segundos antes, o alvinegro criara uma evidente chance de gol, numa bola em que Gil mandou raspando a trave de Rogério Ceni.
O São Paulo era uma pálida imagem do time que já foi até bicampeão da tal Recopa Sul-Americana.
O Corinthians, não. Com as voltas de Danilo e Emerson, o time jogava com a vontade e a pressão de 2012, sem correr riscos e desprezando a vantagem do empate.
Paulo Autuori, corretamente, voltou com Aloísio no lugar de Wellington.
Mas quem voltou com uma volúpia como se estivesse perdendo foi o Corinthians.
A primeira decisão internacional entre os dois rivais estaduais, estava fadada a repetir a primeira decisão nacional entre eles, em 1990, quando um gol de Tupãzinho deu o título brasileiro ao Timão
Pato estava no banco e Ganso em campo, mas o resultado prático era o mesmo.
Aos 10, Fábio Santos perdeu a chance de matar a decisão, na cara de Rogério Ceni.
O Corinthians tomava a bola do São Paulo como se toma doce de criança.
E o apitador deixava de dar uma falta clara em Romarinho na entrada da área.
Ali pelos 18 minutos, o São Paulo ameaçou, enfim, querer jogar.
E aos 21, Cássio evitou o empate em oportunidade imperdível nos pés de Aloísio.
Juan saiu e Maicon entrou.
Não adiantou nada porque, aos 23, Rogério salvou o gol de Danilo de cabeça, mas não teve como evitar que o corintiano ampliasse no rebote, estufando a rede: 2 a 0 no jogo, 4 a 1 no placar agregado, Cássio redimido da falha do primeiro jogo e Fábio Santos, de certa forma, também, pois foi dele o cruzamento para Danilo depois de boa jogada de Guerrero, que já havia participado do gol de Romarinho.
Aí, é claro, virou festa, com o Corinthians tocando bola e a torcida querendo dar olé.
Tite ganhou mais uma taça e Autuori, depois de São Januário, sofrerá no Morumbi.
De máscara negra, Renato Augusto entrou no lugar de Romarinho, que jogou muito.
Guerrero também saiu para ser justamente aplaudido e Pato entrou, alegremente.
Ibson entrou no lugar do Sheik, perante mais de 38 mil torcedores e de Paulinho, de camisa azul corintiana, dentro do campo, festejando com a Fiel.
O Corinthians terá de renovar o passaporte porque já não tem mais lugar para carimbar "É campeão!".
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